FOTOS: Divulgação/IdaronA Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron), em ação de fiscalização conjunta na prevenção à praga quarentenária monilíase do cacaueiro, apreenderam mudas e frutos de cupuaçu no Posto Fixo Tucandeira, localizado na divisa dos estados do Acre, Rondônia e Amazonas.
Há 1 hora
Por Agência Amazonas
Fiscalização conjunta visa combater a praga monilíase do cacaueiro, que teve foco detectado no Acre
Os agentes da Adaf e do Idaron realizam abordagem de veículos que vêm do Acre para Rondônia e Amazonas para evitar o ingresso de plantas e frutos proibidos. No dia 8 de dezembro, foram apreendidas seis mudas de cupuaçu que eram levadas de Cruzeiro do Sul para Porto Velho, em Rondônia.
A monilíase do cacaueiro teve focos identificados no município de Cruzeiro do Sul (AC), em julho, o que levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a declarar Emergência Fitossanitária no Acre e nos estados fronteiriços, Amazonas e Rondônia, por meio da Portaria nº 249.
O gerente de Defesa Vegetal da Adaf (GDV/Adaf), Sivandro Campos, ressalta que, atualmente, estão sendo realizadas ações de contenção e erradicação dessa praga.
Na sexta-feira (24/12), foram apreendidos três frutos de cupuaçu em um ônibus que ia para o Distrito de Vista Alegre do Abunã (RO); e, no domingo (26/12), foram apreendidos 15 frutos de cupuaçu em uma caminhonete que vinha da cidade de Rio Branco (AC) com destino ao Ramal da Mococa, região de Lábrea, no sul do Amazonas. Todos os itens apreendidos foram desinfetados com solução de amônia quaternária e incinerados.
A Adaf vem apoiando as ações no Acre desde que os focos foram identificados em julho. A prioridade para a agência é contribuir para a erradicação da doença, evitando assim que a praga se dissemine para outros estados, principalmente para o Amazonas. A monilíase é uma doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
“As ações são coordenadas pelo Mapa e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), com apoio de vários técnicos de órgãos estaduais de defesa vegetal, tais como Adaf, Idaron, Adab, Idea e Aderr, além de instituições como Corpo de Bombeiros, Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, Exército, entre outros, todos com único objetivo que é erradicar essa praga para que a mesma não se dissemine para o restante do país, evitando ainda prejuízos socioeconômicos”, detalha Sivandro.