FOTO: Divulgação/SecomO Amazonas fechou o mês de novembro com redução de 56% dos alertas de desmatamento e de 34% dos focos de calor, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Há 35 minutos
Por Agência Amazonas
Também houve redução no número de registro de queimadas
De janeiro a novembro de 2021, o Amazonas registrou, ao todo, 1,8 mil quilômetros quadrados (km²) de alertas de desmatamento. Deste total, 72,2% foram notificados em áreas de gestão da União, entre glebas federais (40%), assentamentos federais (30%), unidades de conservação (1,3%) e terras indígenas (0,9%).
Conforme os dados, analisados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o estado acumulou 9,6 quilômetros quadrados (km²) de áreas desmatadas em novembro de 2021. Em 2020, foram registrados 21,88 quilômetros quadrados (km²), no mesmo mês – 128% a mais.
Redução de queimadas – Com relação aos focos de calor, o Amazonas conseguiu reduzir em 11,1% os focos de calor, na comparação entre 1º de janeiro e 12 de dezembro de 2021, com o mesmo período de 2020. A queda também foi registrada se contabilizados os dados de todos os estados da Amazônia Legal, que somaram 101.321 focos no período analisado – 100% a menos que no ano passado.
Em áreas de gestão direta do Estado, 4,4% do total de alertas ocorreu em glebas estaduais e 0,7% nas Unidades de Conservação gerenciadas pela Sema Amazonas. As áreas protegidas pelo Governo do Amazonas foram as únicas a apresentarem redução, em comparação com o mesmo período de 2020 – uma queda de 2,64% no número de alertas. O restante dos registros, 23%, ocorreu em vazios cartográficos.
Cobertura natural – Dados divulgados no mês de dezembro pelo MapBiomas mostraram que o Amazonas é o estado com a maior porcentagem de áreas naturais do Brasil. Ao todo, o Amazonas possui 98,19% de cobertura natural.
Na análise, o mês de dezembro segue os dados positivos registrados em novembro deste ano. Até o dia 12 deste mês, houve redução de 88% no número de queimadas, em comparação a igual período do ano passado – 14 focos registrados neste ano, contra 118 em 2020.
De todo o território, 92,92% classificam-se como áreas de floresta; 1,96% são áreas de formação natural não florestal e 3,31% espelhos d’água (superfície contínua de água), que, juntos, formam os 98,19% de áreas naturais.
Em comparação a outros estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal, o Amazonas é o único que se mantém com mais de 90% do seu território preservado.