Pedro Wongtschowski diz que o Amazonas precisa encontrar vocação econômica nos recursos naturais
MANAUS – Um dos maiores entusiastas do livre mercado e presidente do conglomerado Ultrapar, grupo empresarial que reúne companhias de gás, distribuição de combustíveis e química, Pedro Wongtschowski afirma que a Zona Franca é uma questão complicada, mas precisa mudar.
“Em sua maioria, não a totalidade, ela é algo extremamente artificial, que não para de pé sem subsídio. Se esse subsídio é um dinheiro bem aplicado, eu acho que não”, disse em entrevista a Folhapress.
Segundo Pedro Wongtschowski, a renúncia fiscal no Amazonas não pode ser eliminada de uma só vez.
“Agora, tem lá um milhão de pessoas empregadas, então, precisa criar um programa alternativo. Tem que entrar na bioeconomia, tem que fazer alguma coisa que tenha a ver com Amazônia. Um desenvolvimento que não seja uma linha de pecuária que implique em desmatamento generalizado”, disse à Folhapress.
Para o empresário, “tem que encarar que a Zona Franca tem que mudar”. “Tem que se transformar em algo intrinsecamente competitivo e ligado aos fatores de produção que existem na Amazônia. É indústria farmacêutica, de fitoterápicos, alimentícia, vai ter que haver um investimento público para transformar o parque da Zona Franca em algo que tenha a ver com a região”, afirma.