Premiação
Dentre os cinco arquitetos premiados com o Global Award for Sustainable Architecture, os projetos arquitetônicos de Severino Porto têm destaque nesta edição que anualmente premia esses profissionais que compartilham a ética e o desenvolvimento sustentável, propondo novas experiências no urbano como nas zonas rurais. A partir daí, o professor Marcos Cereto foi convidado para escrever artigo do relevante trabalho desenvolvido por Severiano Porto na Amazônia.
O professor do curso de Arquitetura da Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas, Marcos Cereto, publicou recentemente o artigo ‘Severiano Porto’ que integra o livro Sustainable Design 9 – Vers une Nouvelle éthique pour l’architecture et la vie de Marie-Heléne Contal e Jana Ravedin pela Cité de L’Archutecture & du Patrimoine. O artigo é resultado de pesquisa sobre os projetos do arquiteto e professor emérito da Ufam, Severiano Porto, no qual destaca o do Setor Norte do Campus Universitário.
Acesse ao artigo no link: https://www.citedelarchitecture.fr/fr/publication/sustainable-design-9
Global Award for Sustainable Architecture
O Global Award for Sustainable Architecture foi criado em 2006 pela arquiteta e professora Jana Revedin com a Cité de l’architecture & du patrimoine de Paris,
Os 70 arquitetos premiados desde a criação do prêmio formam uma rede coletiva mundial de troca e experimentação: a Global Award Community. Em 2021, o Global Award questiona as novas ligações que todos os edifícios podem e devem manter hoje com o ambiente natural que os envolve, com o tema “Arquitectura e natureza: uma nova sinergia? Os vencedores desta nova edição são os arquitectos Teresa Moller ( Chile), Gloria Cabral & Solano Benitez (Paraguai), José Cubilla (Paraguai), Severiano Porto (Brasil) e o sociólogo Richard Sennett (EUA).
Arquitetura na Amazônia
Obstinado na pesquisa profunda desde quando defendeu sua tese de doutorado, Cereto disse que é um profundo conhecedor do trabalho desenvolvido pelo arquiteto. Por conta disso, em 2019, realizou exposição em Paris (FR) sobre Arquitetura na Amazônia na qual apresenta um memorial que dava importância da arquitetura na Amazônia.
Em função de sua pesquisa e da exposição realizada, o professor Cereto foi convidado para participar com o artigo que mostra as quatro obras do arquiteto: Residência Schuster, Pousada em Silves, Centro de Proteção Ambiental em Balbina e o Setor Norte do Campus Universitário da Ufam.
Ele considera de suma importância a publicação do artigo, o qual posiciona a arquitetura na Amazônia no principal museu de Arquitetura da França considerado um dos principais do mundo. Nele, o professor menciona o projeto do Setor Norte do Campus Universitário da Ufam como importante obra de arquitetura na Amazônia e acredita que, a sociedade tem o direito de mantê-lo como foi projetado, preservando os edifícios com sua relevância sustentável, assim como, a qualidade das edificações pontuados na publicação.
Sobre o autor
Marcos Cereto é arquiteto (UFRGS, 1999), mestre e doutor em Teoria, História e Crítica da Arquitetura (PROPAR/UFRGS, 2003/2020). Desde 2013 é professor adjunto da Faculdade de Tecnologia da Ufam. Lecionou Arquitetura nos cursos do CEULM/ULBRA, UNIP, UEA e FAMETRO entre 2001 e 2013. O doutorado sobre a obra de Severiano Porto potencializou conexões nacionais e internacionais e a criação do Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia (Nama/2016). O coletivo reúne artistas, arquitetos e pesquisadores interessados na modernidade na Amazônia Legal.
Cereto é o organizador e curador das exposições: ‘XAMA-Arquitetura contemporânea na Amazônia (2018-2019)’, ‘L’Amazonie en Construction: l’architectures des fleuves volants (2019)’ em Paris e ‘Resilient Amazonia Architecture (2021)’ no Seoul Biennale of Architecture and Urbanism e Pontes Flutuantes -Arte na Floresta no MUSA (2021). Realizou conferências e palestras nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Eslovênia, Coréia do Sul além de diversas cidades brasileiras e latino-americanas. Publicou os livros ‘XAMA: exposição de arquitetura contemporânea na Amazônia’, em 2018, e ‘Resilient Amazonia Architecture’, em 2021, pela EDUA/UFAM. É editor executivo do periódico científico ‘Amazônia Moderna’ e lidera o Grupo de pesquisa CNPq/UFAM AMA – Arquitetura Moderna na Amazônia. Atualmente representa o Amazonas no Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil e também no Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas.