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Por Agência Amazonas
Em 2022 serão cinco ações do Grupo Tarefa do projeto, em oito municípios amazonenses
FOTOS: Divulgação/FuhamO Grupo Tarefa do Projeto Ação para Eliminação da Hanseníase (Apeli), coordenado pela Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), já tem data para reiniciar as atividades em 2022. Será na segunda-feira (25/04), quando o grupo inicia uma ação de assistência à saúde em dermatologia tropical em Caapiranga (a 134 quilômetros de Manaus). A iniciativa segue até 6 de maio.
Criado para executar ações de controle, monitoramento e eliminação da Hanseníase no Estado do Amazonas, o Grupo Tarefa do Projeto Apeli é formado por equipes capacitadas em ações médicas, sociais, psicológicas, farmacêuticas, fisioterápicas, laboratoriais e de capacitação de equipes de profissionais locais nos municípios que recebem o projeto.
Nesta, que será a primeira de cinco ações previstas para 2022, a Fuham levará equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, técnicos e pessoal administrativo para realização das atividades previstas no projeto: busca ativa de casos com exames de pele na população, exames de contatos dos casos dos últimos cinco anos e dos novos casos diagnosticados, avaliação de incapacidades, exames de casos de alta, tratamento dos casos, e realização de exames laboratoriais, quando necessário.
As atividades incluem ainda treinamentos em serviço para profissionais de saúde e ações educativas para as comunidades locais.
Para 2022, com a aprovação de decreto do Governo do Amazonas que dispõe sobre a criação do Grupo Tarefa, oito municípios estão previstos para receberem ações do Apeli: Caapiranga, São Sebastião do Uatumã, Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Iranduba, Maraã e Uarini.
Procedimentos realizados
Nos seis municípios que já receberam ação do Projeto Apeli até o ano passado – Autazes, Careiro Castanho, Lábrea, Novo Aripuanã, São Gabriel da Cachoeira e Itacoatiara – foram realizados um total de 27.239 procedimentos, como exames dermatológicos, consultas médicas, exames laboratoriais e preventivos, consultas farmacêuticas, de serviço social e de enfermagem, avaliação de incapacidades, adaptação de calçados e visitas domiciliares.
FOTO: Divulgação/FuhamAs ações resultaram no diagnóstico de 102 casos novos de hanseníase. Dentre eles, 18,6% (19 casos) foram detectados em crianças de 0 a 14 anos e 81,4% (83 casos) em adultos maiores de 14 anos. Em relação à classificação operacional, 55 (53,9%) foram casos do tipo multibacilar e 47 (46,1%) do tipo paucibacilar.
Além da hanseníase, outras dermatoses foram diagnosticadas durante atendimento médico, sendo as mais comuns escabiose (12,8%), dermatite atópica (9,2%), micoses superficiais (8,1%), dermatite de contato (3,9%) e líquen simples (3,8%).
Para o diretor-presidente da Fuham, Ronaldo Amazonas, os números das ações Apeli já realizadas até o ano de 2021 reforçam a necessidade da continuidade da ação.
“Alcançamos um índice de detecção de 25,5% a mais do que foi inicialmente projetado. Com isso reafirmamos a necessidade de se manter e sustentar a realização das ações em mais oito municípios programados para o ano de 2022”, explica o diretor-presidente.
Referência
A Fuham é centro de referência em hanseníase e coordena no Amazonas o Programa de Controle da Hanseníase.
A busca ativa e precoce de casos novos de hanseníase para controle e monitoramento de casos, aliados ao início do tratamento imediato (evitando também a disseminação de casos e as incapacidades físicas nos pacientes) são algumas das estratégias que visam promover a eliminação da doença, reduzindo ainda mais a carga da endemia, especialmente em menores de 15 anos.
Estabelecendo parcerias com os governos municipais, a iniciativa se fortalece com estratégias propostas para as coordenações nos municípios, que atuam sob supervisão da Fuham.