FOTOS: Diego Peres/Secom | Rodrigo Santos/SES-AMO Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), registrou aumento expressivo na média móvel de casos de Covid-19, com alta de 1.007% no Amazonas. O maior crescimento foi identificado em Manaus, com 2.493%. O interior do Estado teve elevação de 211% na média móvel de casos. Os dados são referentes ao período de 1º a 13 de janeiro.
Há 10 horas
Por Ivo Pereira
O Estado saiu de uma média de 105 novos casos registrados por dia, em 1º de janeiro, para 952 casos no dia 13 deste mês
O Secretário de Estado de Saúde, Anoar Samad, reforça que o avanço da média móvel de casos está associado à virulência da variante Ômicron. Enquanto a taxa de transmissibilidade do novo coronavírus, com a predominância da variante Gama (P.1), é de 1.01, ou seja, uma pessoa pode transmitir o vírus para outras 101 pessoas, um infectado pela Ômicron tem capacidade de contaminar mais de 200 pessoas.
O Estado saiu de uma média de 105 casos registrados por dia, em 1º de janeiro, para 952 casos no dia 13 deste mês. Os dados foram apresentados pela SES-AM, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), durante reunião do Comitê Intersetorial de Enfrentamento da Covid-19 realizada nesta sexta-feira (14/01).
O Estado permanece com 22 casos confirmados da variante Ômicron, todos os pacientes apresentaram sintomas leves e não precisaram de hospitalização. Segundo a FVS-AM, mais 600 amostras foram enviadas ao laboratório do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), para sequenciamento genético.
“Já prevíamos um aumento exponencial de casos, mas não tão grande. A variante Ômicron tem uma transmissibilidade muito elevada e provoca uma quantidade bem menor de quadros graves, mas é diferente de não provocar quadros graves”, afirmou o secretário e médico Anoar Samad.
Já os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19 apresentaram variação de 119%, saltando de 16 para 35 leitos ocupados.
Ocupação de leitos – Os leitos clínicos ocupados na rede pública para pacientes com Covid-19 apresentaram variação de 391%, saltando de 22 leitos ocupados no dia 3 de dezembro, para 108 na quinta-feira (13/01). Na rede privada, a variação da taxa de ocupação dos leitos clínicos foi de 89%, passando de sete para 17 internações.
Óbitos – A SES-AM esclarece que, apesar do avanço das contaminações, a variação no número de óbitos pela Covid-19 não acompanhou a mesma proporção.
A SES-AM está continuamente monitorando a taxa de ocupação dos leitos nas unidades da rede pública e possui estratégias, dentro do Plano de Contingência Estadual de Combate à Covid-19, para ampliar o número de leitos na rede estadual, como no Hospital Delphina Aziz, no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e o Hospital de Combate à Covid Nilton Lins.
O último boletim divulgado pela FVS-RCP registra 227 pacientes internados, sendo 182 em leitos clínicos (18 na rede privada e 164 na rede pública), 39 em UTI (5 na rede privada e 34 na rede pública) e 6 em sala vermelha.
“Vamos observar como vai se comportar. Esperamos que esse número de internações e óbitos não suba. É importante todo mundo se vacinar, mas não é para ficar apavorado. Por mais que nos quatro últimos dias tenhamos registrado 5 mil casos, nas últimas 24 horas não tivemos nenhum óbito. Todo o Brasil já está sofrendo com a Ômicron, há lugares que registram 6 mil casos por dia”, disse o secretário de Estado de Saúde.
A situação vacinal dos pacientes internados com a Covid-19 aponta que, dos 182 pacientes internados em leitos clínicos, 106 não são vacinados, 19 tem primeira dose, 49 tem as duas doses e 8 tem dose de reforço; dos 39 pacientes em UTI, 22 não são vacinados, 2 primeira dose, 13 tem as duas doses e 2 tem dose de reforço.