Começa o festival literário de Manaus reunindo escritores e leitores locais e nacionais
Com lotação máxima de mais de 300 escritores, estudantes e amantes da leitura, aconteceu o primeiro Festival Literário de Manaus (Flim), realizado pela Prefeitura de Manaus por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), nesta quinta-feira, 15/12.
Na abertura oficial, o presidente do Concultura, Tenório Telles, deu as boas-vindas aos palestrantes, escritores, estudantes, convidados e participantes, e destacou a importância da realização do festival, que faz parte do programa de governo do prefeito David Almeida, de promover a cultura em Manaus.
O evento literário segue até a sexta-feira, 16/12, no teatro Gebes Medeiros (Ideal Clube), localizado na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, e promete colocar a capital amazonense na rota das festas e festivais literários do país.
A vice-presidente da Manauscult, Oreni Braga, pontuou que a partir desse novo projeto da prefeitura, a cidade cada vez mais vai se consolidando, e se fortalece na área da literatura.
“A motivação inicial é colaborar com o encantamento da sociedade pela leitura e também incentivar os jovens no interesse pelo ofício da palavra e da literatura. O projeto faz parte do programa do prefeito David Almeida de promover a cultura em nossa cidade, gerando possibilidades e oportunidades para os jovens. Faz parte igualmente da estratégia turística de colocar Manaus no roteiro dos eventos literários nacionais, bem como a promoção da cultura do livro entre nós como caminho para a elevação espiritual das novas gerações”, enfatizou o presidente.
Durante a cerimônia, o titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), Marcos Apolo Muniz, ressaltou a importância dessa parceria entre prefeitura e governo do Estado para a promoção de eventos literários.
“Hoje estamos quebrando paradigmas, realizando esse grande festival que envolve cultura e turismo. Isso é inédito, com isso, consolidamos ainda mais a literatura da nossa cidade”
O presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Aristóteles Alencar, destacou a união das instituições para a realização do evento literário.
“É fundamental esse tipo de diálogo, porque, inclusive, retrata um pouco dessa nossa inquietude, esse entendimento da necessidade de nós incentivamos e motivarmos, não só a leitura, mas também a escrita, para que a gente tenha novos autores surgindo, uma literatura que também possa ser oxigenada e renovada, evidentemente valorizando todo o legado literário que nós temos no Estado. E essa parceria do Governo do Amazonas com a Prefeitura de Manaus tem justamente esse objetivo” afirmou o secretário.
Palestras
“Nesse pós-pandemia, um evento dessa magnitude é extremamente importante. Nós temos um volume de cultura muito grande gerado aqui no Amazonas, em termos de poesia, de literatura, de música, de teatro e esse festival vem agregar”, comentou.
Ele ressaltou a importância estratégica para a cultura da literatura desse tipo de evento, em primeiro lugar, por ser uma valorização do livro do autor e do leitor, uma vez que reúne num evento dois polos fundamentais da questão da literatura, e também a presença de editores, porque são os editores que permitem que haja essa ponte entre o escritor e o leitor.
A conferência de abertura foi feita pelo escritor paraense, ensaísta e poeta, João de Jesus Paes Loureiro, um dos maiores estudiosos e pensadores da cultura amazônida, com o tema, “O Universo Mítico e o Lendário Amazônico e a Criação de uma Literatura Cosmogônica”, onde abordou o mito na formação da literatura amazônida.
Na primeira mesa da manhã, os escritores Elson Farias e José Almerindo, debateram sobre “A Literatura no Amazonas – A Presença da Paisagem como Expressão Literária”. A mediação foi da professora Francisca de Lourdes Louro.
“Mas, o principal é que esta é essa grande festa do livro aqui em Manaus. Não é apenas uma coisa decorativa, uma coisa apenas formal, ela dá uma consciência de defesa da cultura da terra, de defesa dos autores, de defesa de uma compreensão da cultura amazônica do seu imaginário como coisa de valor universal. O que precisa ser reconhecido”, finaliza.
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Pela parte da tarde, com a lotação completa e forte participação do público, foi reservado para as vivências literárias quando os escritores contaram como os livros os tornaram profissionais da escrita, com depoimentos e debates de nomes marcantes para a literatura amazonense: Márcio Souza, Elson Farias, Leyla Leong, João de Jesus Paes Loureiro, Aldísio Filgueiras, Allisson Leão, com mediação de Dori Carvalho e Carlos Guedelha.
Fotos – Antonio Pereira / Semcom
Texto – Keize Pedrosa / Manauscult e Cristóvão Nonato / Concultura
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