Governador Wilson Lima anunciou medida para aumentar o cadastro reserva de candidatos
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou a ampliação da quantidade de provas discursivas a serem corrigidas do concurso da Polícia Civil. Em vídeo nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (12), Lima disse que a medida é para ampliar o cadastro reserva de candidatos.
“Atenção você que fez o concurso da Polícia Civil! Determinei ao secretário de Segurança Pública e ao Delegado-Geral que tomem todas as providências para aumentar a quantidade de provas discursivas a serem corrigidas. Vamos ampliar esse quantitativo de três para seis vezes o número de vagas”, disse.
As provas da Polícia Civil para os cargos de delegado, investigador, escrivão, perito criminal, perito legista e perito odontolegista possuem, além da prova objetiva, a prova discursiva. Mas somente terão a prova discursiva avaliada os candidatos classificados até as colocações determinadas pelo edital.
Até então, para o cargo de delegado, teriam as provas escritas corrigidas somente os candidatos classificados até a 200ª posição na prova objetiva, pela listagem de ampla concorrência, e até a 48ª posição na prova objetiva, pela listagem de pessoas com deficiência, considerados os empatados na última posição.
Para investigador a correção da discursiva atenderia somente os candidatos classificados até a 480ª posição, na ampla concorrência, e 120ª posição, para pessoa com deficiência. Escrivão seria até a 147ª colocação (AC) e 39ª (PcD); perito legista, 36ª (AC) e 12ª (pessoa com deficiência); e perito odontolegista, 12ª (AC) e 6ª (Pessoa com deficiência).
Já perito criminal varia de acordo com a especialidade, sendo: Farmácia, Contabilidade, Engenharia Mecânica, Química e Física até a 12ª posição para AC e 6ª posição para PcD; Processamento de Dados e Engenharia Civil até 24ª colocação (AC) e 6ª colocação (PcD); Veterinária, Economia e Biologia até a 6ª posição (AC) e 6ª posição (PcD).
No anúncio, o governador não informou quais as novas colocações de corte para avaliação da prova discursiva. Segundo Lima, a medida agilizará possíveis convocações. “Com isso a gente vai aumentar o cadastro reserva para termos a possibilidade de, caso necessário, convocar os aprovados com mais agilidade, fortalecendo ainda mais a nossa Polícia Civil”, disse Lima.
Mobilização dos candidatos
No último dia 6 de abril, candidatos formaram uma comissão para pressionar o governo a revisar a regra do edital que prevê o limite de redações que serão corrigidas. O grupo propôs que fossem corrigidas 1,5 mil provas dos concorrentes ao cargo de investigador e 750 provas discursivas de candidatos ao cargo de escrivão.
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O grupo alegou que, nas próximas fases, a estimativa de reprovação é de 40% a 60%. Para eles, existe a possibilidade de não serem preenchidos nem a metade dos cargos finais ofertados no edital. Por esse motivo, eles querem ampliar o número de candidatos que poderão ser classificados para a próxima etapa.
O certame ofertou 62 vagas para o cargo de delegado, 200 vagas para investigador e 62 para escrivão, 27 para perito criminal, 8 para médico legista e 3 vagas para odontolegista. As provas para o cargo de delegado foram realizadas em 27 março, e para investigador, escrivão e perito (legista, criminal e odontolegista), ocorreram em 3 de abril deste ano.