O novo bloqueio de verbas do Ministério da Educação (MEC) nos orçamentos das universidades vai atingir em cheio as contas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Em nota oficial, a reitoria informa que estão sendo realizadas “tratativas contábeis e financeiras com o objetivo de reduzir os impactos à comunidade acadêmica e assegurar os contratos essenciais tais como segurança, limpeza, conservação, manutenção, apoio administrativos e restaurantes universitários, garantindo assim, o pleno funcionamento da instituição e o encerramento do exercício financeiro de 2022”.
Bloqueio de mais de R$ 6,2 milhões
Ainda segundo a nota oficial, a UFAM recebeu a notícia do corte no orçamento no último dia 28 de novembro deste ano, por meio de notificação enviada pelo MEC. No documento, a informação referente ao bloqueio orçamentário no valor de R$ 6.221,632,02 das despesas discricionárias (despesas de custeio).
Auxílios aos alunos estão mantidos
É importante destacar que, mesmo com o bloqueio, estão preservados os pagamentos dos auxílios acadêmicos aos alunos em situação de vulnerabilidade social.
“Oportunamente, a Universidade Federal do Amazonas pleiteará junto ao MEC a recomposição orçamentária para garantir a integralidade dos seus contratos, assim que forem abertas as negociações entre as equipes técnicas do Governo Federal e da Ufam”, encerra a nota.
Lutando por todos
O reitor da UFAM, Sylvio Puga, afirmou que a equipe da instituição está lutando no coletivo por meio da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), pelo desbloqueio acumulado este ano de todas as universidades e institutos federais do país.
Total foi de R$ 344 milhões
De acordo com o site da ANDIFES, o governo federal bloqueou um total de R$ 344 milhões em recursos das universidades federais, seis horas após o MEC liberar o uso da verba. “Em 28 de novembro, durante o jogo da seleção brasileira, o governo federal informou bloqueio de R$ 1,4 bilhão na Educação, sendo que deste valor, R$ 344 milhões seriam retirados das contas das universidades”, informa a instituição.
Impacto zero na UEA
Também por meio de nota oficial, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) informa que a instituição “não é afetada, diretamente, pelos cortes anunciados no MEC, visto que os recursos destinados à universidade serem advindos do que é arrecadado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse valor é equivalente a 1% do que é gerado pelas fábricas instaladas na capital”.
Em solidariedade
“A UEA solidariza-se com as universidades federais diante do bloqueio de recursos voltados à educação. Lamenta que isso ocorra, pois as universidades são molas propulsoras de conhecimento e desencadeadoras de desenvolvimentos sociais e econômicos do Brasil. Além disso, em um dos momentos mais delicados do nosso milênio, diante da pandemia da Covid-19, solidificou e renovou os votos da ciência”, encerra a nota.