Há 51 minutos
Por Agência Amazonas
Doença pode ser controlada com cuidados e tratamento adequado
FOTO: Mauro Neto/FaarNo Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado toda primeira terça-feira de maio, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informa que, mesmo nos casos mais graves, um bom controle da doença pode ser atingido com a utilização correta de medicação prescrita e com qualidade de vida.
A comerciante Layana Nepomuceno Ramos, de 38 anos, convive com a asma desde criança e conta como essa condição pode afetar a rotina. “Conviver com a asma não é muito fácil, é saber que a cada mudança de tempo uma crise pode acontecer, ou pegar uma chuva também vai piorar. No meu caso, até se ficar rindo muito posso entrar em crise”, lembra.
Após contrair Covid-19, Layana precisou redobrar os cuidados para evitar crises mais intensas. “Eu terminava de fazer uma inalação e já começava outra porque o cansaço não aliviava. Às vezes, tudo começava com uma simples tosse e, em minutos, a crise de asma já aumentava e nem sempre conseguimos controlar em casa, então era preciso ir ao hospital”, conta.
Segundo a médica clínica-geral da SES-AM, Clarissa Cruz, embora também acometa o público adulto, a asma é uma comorbidade mais frequente em crianças. Alguns fatores podem desencadear a exacerbação da doença, a chamada crise asmática, como a ingestão de determinados alimentos, pelos de animais, mudança de rotina, exercício físico, entre outros.
“Os principais e mais frequentes são as síndromes infecciosas, como resfriado ou algum tipo de doença respiratória que possa causar uma crise asmática. Mas também podem ser outras causas que não são infectocontagiosas. Pessoas que têm contato com algum alérgeno ou outras situações, como crianças que desencadeiam crise de asma por estresse em semana de provas, por conta da baixa imunidade ou outro motivo. Então, não necessariamente são só situações infecciosas que podem causar a exacerbação da asma”, explica a médica.
Atualmente, a comerciante Layana realiza um tratamento intenso com pneumologista e é uma das pacientes atendidas pelo Projeto RespirAR, referência em reabilitação pós-Covid-19, coordenado em parceria pela Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) e pela SES-AM.
Com o acompanhamento, Layana consegue garantir o controle da doença, amenizando os sintomas e dando a ela uma possibilidade de manter a rotina normalmente.
Paciente Layana Nepomuceno Ramos (ao centro) e profissionais do RespirAR – FOTO: Mauro Neto/Faar“Hoje faço parte da educação física na Vila Olímpica, vou para as sessões de segunda a quinta e, com os exercícios e acompanhamentos dos fisioterapeutas e profissionais de educação física, consigo manter uma qualidade de vida mais equilibrada para quem convive com a doença”, afirma.
Atendimento
Em caso de crise asmática em adultos ou crianças, a orientação é que o paciente procure imediatamente uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Serviço de Pronto Atendimento (SPA) ou um dos Hospitais e Prontos-Socorros (HPS) infantis para receber o atendimento adequado e impedir que o quadro evolua.
Asma
Também conhecida como bronquite asmática ou como bronquite alérgica, a asma é uma doença que acomete os pulmões e é acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios, afetando todo o organismo e as vias aéreas inferiores, aumentando a produção de secreções e prejudicam a passagem de ar.
A pessoa com asma tem tosse frequente, prolongada, geralmente durante a noite, com chiado, cansaço, opressão no peito e dificuldade para respirar. Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer isoladamente.
A asma pode ser causada por diversos fatores, como alergia a poeira, ácaro, mofo, pelos de animais; viroses, como gripes e resfriados, ou ainda as sinusites, mudanças de tempo, fumaças, cheiros fortes, esforço físico e até aspectos emocionais.