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Por Agência Amazonas
Área com especialidades para gravidez de alto risco, por exemplo, quadruplicaram atendimentos entre 2020 e 2021
FOTO: Lucas Silva/SecomCom melhorias executadas ainda em período de pandemia, em um ano, o número de atendimentos em especialidades dentro da Policlínica Codajás, unidade pertencente à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), denotou um aumento significativo em setores especializados. As áreas de serviço voltadas para gravidez de alto risco, exames gráficos e imagenologia registraram crescimento em procedimentos.
A unidade de saúde do Governo do Estado contempla 35 especialidades e é referência no Amazonas na reabilitação de pessoas com deficiência física, visual e auditiva por meio do Centro Especializado de Reabilitação Tipo 3 (CER III), além de ser a primeira unidade pública ambulatorial de consultas, procedimentos e exames especializados do Norte do país a ser recomendada para receber certificação do Sistema de Gestão da Qualidade.
“Esse número de atendimentos representa um marco histórico dentro da gestão porque nós fizemos um trabalho árduo com a organização de fluxo, organização de setores, novos atendimentos, novas especialidades e com tudo isso a gente abraçou a gestão. Fizemos uma gestão humanizada e isso impactou diretamente no número de pacientes”, destacou o diretor da Policlínica Codajás, o fisioterapeuta Ráiner Figueiredo.
Gravidez de alto risco
Entre 2020 e 2021, o setor de “Gravidez de Alto Risco” da policlínica quadruplicou o número de atendimentos a gestantes. De janeiro a dezembro de 2021, as equipes realizaram 1.735 atendimentos acompanhados por enfermeiros, ginecologistas obstétricos e endocrinologistas, quatro vezes mais que no mesmo período de 2020, quando foram 383 atendimentos. Os dados são monitorados pelo setor de Estatística e Faturamento.
Grávida de sete meses, Kamilla Ramos, de 25 anos, foi uma das pacientes atendidas no setor nesta terça-feira (08/02). A gravidez da jovem, que é do município do Careiro Castanho (a 124 quilômetros de Manaus), é considerada de risco após exames apontarem cisterna magna aumentada, com implicações na região da cabeça do bebê.
Apesar da notícia, ela afirma se sentir confortável com o acompanhamento oferecido pela Policlínica Codajás.
“Eu achei muito importante porque no município onde eu moro não tem a especialidade que eu procuro e eu rodei praticamente Manaus inteira e não consegui. Aqui me atenderam de primeira e me atenderam muito bem e agora vou ter o acompanhamento que a minha filha precisa”.
O ginecologista obstetra que atua na policlínica, Luís Leon, destacou que os atendimentos não pararam durante a pandemia e pontuou possíveis causas para o aumento de atendimentos.
“O atendimento de alto risco é um serviço que não parou na época pandemia e sempre foi uma prioridade. O aumento de casos pode ter tido uma influência porque os estilos de vida mudaram um pouco. Os tipos de casos que a gente atende aqui muitos estão ligados com gravidez de alto risco, como diabetes gestacional, hipertensão na gravidez, gravidez precoce na adolescência que foram as principais causas”.
Outros setores
Outros setores também tiveram aumento nos atendimentos em 2021, como o de exames gráficos. Na área foram realizados 12.087 procedimentos com enfermagem, cardiologia e neurologia. De janeiro a dezembro de 2020, os mesmos atendimentos somam 7.227.
No setor de imagenologia, onde são realizados exames como ecocardiograma, ultrassom, transvaginal e oftalmológicos, os atendimentos saíram de 1.807 em 2020 para 3.274 em 2021.
Pela primeira vez na unidade de saúde, Maria de Jesus Alencar, de 42 anos, recebeu o atendimento oftalmológico. Ela conta ter dificuldades para enxergar e conseguiu uma consulta na policlínica sem dificuldades.
“Eu tenho diabetes e minha vista estava muito embaçada, não estou conseguindo enxergar e por isso procurei o atendimento. Fui num posto e de lá marcaram para cá para o PAM da Codajás. Fiquei muito feliz com esse acompanhamento”.
Ao todo, nove setores da policlínica registraram alta em atendimentos em 2021. Entre 2020 e 2021, houve um aumento de 101.016 procedimentos na policlínica, sendo 337.080 no ano passado e 236.064 em 2020 entre consultas com médicos, exames, curativos e serviços de fisioterapia.