FOTOS: Lucas Silva/SecomModelo terapêutico referência no Brasil, a equoterapia da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) ampliará vagas para novos praticantes em 2023. Com a aquisição de equinos, entregues no mês passado, e a reforma do núcleo, a modalidade estima aumentar de 150 para 275 o número de pessoas atendidas pelo serviço que trabalha o desenvolvimento psicossocial.
Por Agência Amazonas
Espaço aumentará para 275 o número de praticantes da modalidade terapêutica com uso de cavalos
De acordo com o subcomandante do Regimento da Cavalaria, capitão João Paulo Queiroz, a reforma do espaço e a aquisição de novos cavalos possibilitaram ampliar os horários e o número de vagas para praticantes. A terapia com o uso de cavalos atende pacientes com paralisia cerebral, autismo, hiperatividade, deficiência auditiva, síndrome de Down, Asperger, entre outros.
A modalidade é executada no Núcleo de Equoterapia, localizado no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. As instalações inauguradas em novembro de 2020 concentram investimentos na ordem de R$ 2,8 milhões do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS). As obras incluem a ampliação de quatro edificações, incluindo picadeiro, administração, depósito e esterqueira.
Subcomandante do Regimento da Cavalaria, capitão João Paulo Queiroz. FOTOS: Lucas Silva/SecomEle acrescenta ainda que o núcleo deve alcançar mais de 200 praticantes a partir do próximo ano. Isso será possível porque, com a aquisição de mais 41 cavalos, em 2022, pela Polícia Militar, a equoterapia poderá aumentar de três para oito equinos exclusivos para a modalidade terapêutica.
“Antes dessa estrutura nós tínhamos uma limitação quanto aos horários. Começávamos às 6h e íamos até as 9h30, em razão do calor. A partir da entrega do picadeiro nós estendemos os horários, não só pela manhã, até às 11h30, como passamos a implementar equipes multidisciplinares com trabalho à tarde”, afirmou o capitão.
O que é a Equoterapia?
FOTOS: Lucas Silva/SecomFOTOS: Lucas Silva/Secom A equoterapia é destinada para praticantes a partir de indicação neurológica. Em seguida, um protocolo é executado pela equipe multidisciplinar do núcleo, composta por educador físico, equitador, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Os benefícios corporais são indicados por profissionais porque a modalidade desenvolve mais de 2.000 frequências por minuto na musculatura dos praticantes.
“Antes do picadeiro nós atendíamos 60 praticantes. Após o picadeiro nós passamos para 150 praticantes. Com essa demanda de aquisição de equinos, no próximo ano nossa meta é atingir 275 praticantes, proporcionando para a sociedade amazonense essa prática e diminuindo a nossa lista de espera”.
A evolução física e mental é notada naqueles que praticam a modalidade. Pai do pequeno Arthur Henrique, de apenas 7 anos, Warlley Vieira, 29, conta que o menino participa da atividade há cerca de cinco meses. Ele descreve a satisfação de ver a progressão de Arthur.
“A evolução é tremenda. Já vimos casos de praticantes que vieram aqui sem mobilidade, com atividade locomotora muito fragilizada e que, em pouco tempo, conseguiu estabilizar e estabelecer um ritmo de vida muito acima do que tinha antes”, explicou Queiroz.
A dona de casa Melícia Ramos, 39, também pontuou os benefícios da equoterapia para o filho Matheus Felipe, de 9 anos. Após ser aprovado na triagem para fazer a terapia, Melícia comemorou a oportunidade de ver a criança, que tem epilepsia e paralisia cerebral, avançar na recuperação.
“Demos entrada em 2020, e até então o picadeiro não estava pronto. Ele está há cinco meses fazendo a equoterapia, e a evolução dele é mais na parte motora, está bem mais firme, o tronco. Também é a felicidade dele em estar vindo se encontrar com os cavalos, estar na prática com outras crianças também. É extremamente importante para ele e para a gente também, que é pai e está todo dia junto”.
MATERIAL EM VÍDEO
RETRANCA: EQUOTERAPIA PMAM
Melícia Ramos, 39, também pontuou os benefícios da equoterapia para o filho Matheus Felipe, de 9 anos. FOTOS: Lucas Silva/Secom“Com a equoterapia todo mundo dizia que melhorava muito os movimentos. Nós viemos atrás e graças a Deus conseguimos. Ele já melhorou bastante, a postura, ele está mais calmo, prestando atenção nas coisas. Desde quando ele começou vimos muitas melhorias não só posturais e também dele mesmo, querendo participar das coisas”.
SONORAS:
REPÓRTER: NETO PANTOJA
WARLLEY VIEIRA – PAI DO ARTHUR HENRIQUE
CAPITÃO JOÃO PAULO QUEIROZ – SUBCOMANDANTE DO REGIMENTO DA CAVALARIA
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MELÍCIA RAMOS – MÃE DO MATHEUS FELIPE
IMAGENS: ANDERSON NASCIMENTO/SECOM