Há 27 minutos
Por Agência Amazonas
Alunos têm autismo e paralisia cerebral e mostraram que deficiência não são impeditivos
Estudante All Kalill, aprovado em Ciências BiológicasEstudante Weberty Liberato, aprovado em Licenciatura em QuímicaFOTOS: Divulgação/Seduc-AMOs estudantes All Kalill David Oliveira Meza e Weberty Liberato Balieiro da Silva, do Centro Educacional Governador Gilberto Mestrinho, em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), foram aprovados no vestibular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), edição 2021. Ambos são alunos da educação especial, que integra a política de inclusão da rede estadual.
All Kalill e Weberty foram aprovados, respectivamente, nos cursos de Ciências Biológicas e Licenciatura em Química, para acesso em 2022. All Kalill tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), e Weberty, paralisia cerebral. Os dois estudantes receberam homenagem da Coordenadoria Regional de Educação.
A conquista dos estudantes demonstra o resultado positivo de trabalhar a inclusão em todas as 605 escolas da rede estadual. A política de inclusão da rede estadual de ensino estabelece que todas as escolas devem garantir acesso à educação a pessoas com deficiência.
Os estudantes agradeceram todo o apoio recebido pelos pais e professores. Weberty expressou felicidade com o resultado. “Ver meu nome na lista de aprovados foi uma benção, uma sensação única, a emoção foi de felicidade a mil. Agora irei passar pela entrevista na universidade para que eu possa estudar”, declara.
All Kalill também enfatiza como a conquista é gratificante. “Agradeço muito o apoio da minha mãe, ela sempre me ajudou e lutou pelos meus direitos”, comenta o estudante.
A gestora da escola, Amanda Grasielle, falou sobre o orgulho em ter os alunos aprovados no vestibular. Ela reforçou que todos os cidadãos têm direito à educação, e é papel da escola auxiliar para que todos estudem e tenham suas diferenças e necessidades respeitadas.
“Nós desenvolvemos o potencial deles. Os professores trabalharam os conteúdos, o aprendizado e a cidadania. Eles foram auxiliados com um apoio especializado, além de ter a base da sala de recursos. Nas salas de aula, eles eram incentivados a buscar a própria identidade”, comenta Amanda.