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Por Agência Amazonas
Sátira de Guilherme Bernstein, baseada na peça homônima de Martins Pena, tem mais uma apresentação nesta segunda-feira
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaO 24º Festival Amazonas de Ópera (FAO) apresentou, na noite de ontem (30/04), a obra “O Caixeiro da Taverna”, no Teatro da Instalação (rua Frei José dos Inocentes, no Centro). A sátira de Guilherme Bernstein, baseada na peça homônima de Martins Pena e repleta de confusões, armações e reviravoltas, tem mais uma apresentação nesta segunda-feira (02/05), às 19h, com entrada gratuita.
“O Caixeiro da Taverna” é uma divertida comédia de costumes que retrata personagens típicos do Rio de Janeiro, no século XIX. De acordo com Guilherme Bernstein, a ópera é uma excelente porta de entrada para o público leigo, por se tratar de um tema brasileiro cantado em português, numa composição que transita entre o clássico e o contemporâneo.
“De uma ideia muito simples, Martins Pena extrai excelente situação de palco e críticas a sua e a nossa sociedade brasileira, sempre permissiva para certos delitos, se quem os cometeu nos for simpático”, comenta o compositor.
Na regência da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, que tem mais de 35 anos de atuação e trouxe a Manaus 15 músicos para participar do espetáculo, Guilherme Bernstein conta que a ópera já foi apresentada no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Nova Friburgo, Brasília e, agora, pela primeira vez, em Manaus.
“É muito importante essa troca, tem sido debatido, há muito tempo, essa necessidade de fazer essa parceria e poder consolidar no Festival Amazonas de Ópera. É bom para todo mundo”, destaca o regente. “O festival abriu portas para uma produção de Belém, agora, para o Espírito Santo, então, o Brasil tem que tirar o chapéu para o Festival Amazonas de Ópera. Para nós, é uma honra imensa”, enfatiza Bernstein.
Elenco – O protagonista da ópera, Lício Bruno, que interpreta o personagem Manoel Pacheco, conta que já participou de outras edições do Festival Amazonas de Ópera, no entanto, neste ano, levar uma comédia da belle époque é um diferencial.
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa“Apesar de ser uma comédia do século XIX, em muitos momentos, o público se percebe no palco, se identifica com algum personagem. É riso solto, espontâneo e muito lirismo, que agrada o público das cidades onde passamos”, afirma o artista. “Acompanhei todo o crescimento do festival que, hoje, se tornou o maior e melhor festival de ópera da América Latina. Estamos muito orgulhosos de participar, estar em Manaus e esperamos dar a nossa colaboração ao sucesso da 24ª edição do festival”, declara o Lício Bruno.
Para Adalgisa Rosa, que vive Angélica Pereira em cena, a escolha da montagem de uma obra em português traz um fácil entendimento; e vai ao encontro da proposta do festival, de popularizar o gênero.
“A nossa visão de formação de plateia é de levar, de fato, a música brasileira para que o público se sinta pertencente a este universo lírico. É muito importante trazer a nossa música para dar acessibilidade, para que o povo possa ter contato com aquilo de mais rico que temos”, reforça.
Lício Bruno assina a direção cênica e Adalgisa Rosa, do Coletivo das Artes, a produção geral. O elenco tem ainda os cantores Adalgisa Rosa, Bruno dos Anjos, Sophia Dornellas, Alessandro Santana e o ator Tadeu Kunzendorff.
Sinopse – O português Manoel Pacheco é o gerente de uma taverna, que pertence à viúva Angélica Pereira. Ele está cansado de ser apenas um caixeiro e reconhece seu potencial para ser sócio. Angélica quer o caixeiro não apenas como sócio, mas como marido. Acontece que Manoel casou com a jovem costureira Deolinda, mas nem o irmão de Deolinda, o militar Quintino, sabe desse casamento. Francisco, amigo de Manoel, está interessado em casar com Angélica, mas ela não tem olhos para ele. Esses elementos são, por si só, um prato cheio para mentiras, confusões e um final inusitado.
Festival – O FAO acontece até o dia 31 de maio, na capital e interior. A programação conta com atrações gratuitas e pagas, com ingressos à venda em www.bilheteriadigital.com e na bilheteria do Teatro Amazonas.
Cinco óperas, recitais, concertos, workshop e encontro de economia criativa estão na agenda do evento. A programação inclui atrações no Teatro Amazonas, Teatro da Instalação, centros culturais Palácio da Justiça e Palácio Rio Negro e também no interior. As estreias das óperas vão ser transmitidas pela TV Encontro das Águas e nas redes sociais da @culturadoam.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O projeto, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura, tem patrocínio master do Bradesco e patrocínio da Innova.
Bradesco e cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.
São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.