Passam o dia, a noite e a madrugada na fila em busca do melhor lugar para assistir ao 55º Festival Folclórico de Parintins. Nos três dias de festa, mais de seis mil pessoas acompanham gratuitamente, da arquibancada, as apresentações dos bois Caprichoso e Garantido.
Há 12 minutos
Por Agência Amazonas
O amor pelos bumbás Caprichoso e Garantido supera sol, chuva e cansaço em Parintins
O item 19, como é conhecida a torcida dos bumbás, enfrenta o sol, chuva, o cansaço, mas quando sobem para a arquibancada, a energia é renovada em busca da nota máxima dos jurados.
A galera é protagonista do festival promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
“A emoção é muito grande porque a gente está esperando há dois anos. O Caprichoso chegou grandioso e foi isso o que ele mostrou pra gente na arena. A gente só faz retribuir”, afirma a primeira da fila azulada.
A parintinense Christiane Ferreira chegou na manhã da última quarta-feira (22/06), dormiu na fila para ser a primeira a entrar na arena do Bumbódromo.
“O amor que eu tenho pelo Garantido é inexplicável. Ele é minha energia, minha força e tudo isso é amor a ele. Vem de berço, está no sangue. Eu faço tudo isso novamente por ele”, disse Karen Santos.
Do outro lado, na espera vermelha, estava a manauara Karen dos Santos. Para ocupar o primeiro lugar da fila, ela conta que há três dias só deixa a fila para higiene pessoal, enfrenta calor, chuva e cansaço pelo bumbá do coração.
“É muita emoção, só amor mesmo pelo Garantido. Estou arrepiada, só em falar do Garantido dá aquela emoção. Vim em homenagem ao meu pai, eu perdi ele, isso é uma homenagem pra ele também, porque se ele estivesse vivo com certeza ele estaria aqui na fila também”, declarou a torcedora do boi do povão.
A energia de rever o Festival é tão grande que Ana Paula Martins relata que não sente cansaço, apenas amor pelo boi vermelho e branco.
“Dois anos sem boi e todo mundo sabia que o espetáculo desse ano ia ser tudo, ainda mais o meu boi. Tenho muito amor pelo meu boi. E me deu mais energia pra eu vir agora”, finaliza a torcedora azul e branco.
A paixão pelo boi-bumbá não tem idade. Aos 65 anos, a carioca Lourdes assistiu o boi Caprichoso, pela primeira vez, em 1995. Segundo ela, a energia para subir e agitar a arquibancada continua viva, mesmo após dois anos sem Festival.
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Neste domingo (26/6), os portões da galera abrem às 15h.