Com 73 casos registrados, a hepatite C é a segunda mais transmissível. FOTO: Divulgação/SecomDoença que causa inflamação no fígado, a hepatite pode ser evitada com cuidados básicos de higiene. Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) apontam 232 casos de hepatites virais no estado. A hepatite B está entre as mais transmissíveis, com 146 pacientes em tratamento.
Por Agência Amazonas
Maiores números de casos registrados no Amazonas foram das de hepatites B e C
Com 73 casos registrados, a hepatite C é a segunda mais transmissível. Sua forma de contágio se dá principalmente por meio do compartilhamento de alicates de unha, seringas, escovas de dente ou pelo contato nas relações sexuais sem preservativo.
As hepatites A, B, C e D delta (exclusiva do Amazonas) podem ser graves ou crônicas. Em 2022, a hepatite B, com maior taxa de transmissão, figura entre as que mais causam complicações. No mesmo grupo estão A e D, que podem causar a falência do fígado e, consequentemente, têm maiores chances de levar à morte do paciente.
“Os primeiros sinais de complicação nos pacientes são olhos e peles amarelados, sangramentos pela boca ou ânus, acúmulo de líquido no abdômen (barriga d’água) e alterações mentais (encefalopatia hepática). Na fase aguda da doença, como a hepatite A, que é transmitida ao ingerir água contaminada, o ideal é o repouso e os cuidados na alimentação”, alertou o infectologista.
Complicações
FOTO: Divulgação/SecomPara o médico infectologista da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Paulo Ferreira, todos os tipos de hepatite têm complicações em seus diferentes graus de contaminação.
“Os primeiros sinais de complicação nos pacientes são olhos e peles amarelados, sangramentos pela boca ou ânus, acúmulo de líquido no abdômen (barriga d’água) e alterações mentais (encefalopatia hepática). Na fase aguda da doença, como a hepatite A, que é transmitida ao ingerir água contaminada, o ideal é o repouso e os cuidados na alimentação”, alertou o infectologista.
Vacinação e diagnóstico precoce
FOTO: Divulgação/SecomAs Unidades Básicas de Saúde (UBS) realizam triagem e testes rápidos para os casos de hepatites B e C. Com o avanço das pesquisas no tratamento para a cura das hepatites, agora eles podem ser realizados apenas com o uso de comprimidos e também por aplicação de medicamentos injetáveis.
“Recomendo que todos busquem os recursos disponíveis nos postos de saúde. Com a vacinação e o diagnóstico dos testes rápidos de sorologias, podemos identificar a fase inicial da hepatite. Não espere sentir algum desconforto e buscar um médico, as hepatites em sua fase inicial não têm sintomas”, disse o infectologista da FMT-HVD.
Paulo Ferreira alerta a população para a importância da vacinação e o diagnóstico precoce, evitando complicações da doença.