FOTO: Antônio Lima/SecomEm quatro anos, mais de 9,3 mil cirurgias de hérnias umbilicais e inguinais foram realizadas em pessoas acometidas pela doença no Amazonas. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e refletem os atendimentos na rede pública. A cirurgia é o único tratamento efetivo para a doença que pode acometer homens e mulheres.
Por Agência Amazonas
Nos últimos quatro anos, Governo do Amazonas realizou mais de 9 mil procedimentos cirúrgicos de hérnia umbilical e inguinal
O cirurgião-geral Júlio Flôres explica que algumas atividades de trabalho e de esporte, algumas doenças e hábitos de vida, além do próprio envelhecimento natural, podem predispor ao surgimento de hérnias. Elas podem ocorrer na cicatriz umbilical, na região inguinal, na região inguino-escrotal (da virilha para a bolsa escrotal), na região femoral, na linha média do abdome, sobre cicatrizes de cirurgias abdominais, entre outras regiões.
As hérnias abdominais externas ocorrem por uma “falha” na musculatura que reveste a parede abdominal e podem ser congênitas (de nascimento) ou adquiridas. O principal sinal das hérnias de parede é o abaulamento da região acometida, que piora com os esforços abdominais. A hérnia pode ser assintomática ou também causar algum desconforto, como dor.
Júlio Flôres, cirurgião-geral. FOTO: Antônio Lima/SecomNesses casos, o médico orienta que o paciente procure imediatamente um pronto-socorro, uma vez que uma cirurgia de urgência pode ser necessária. A demora em procurar auxílio hospitalar pode acarretar complicações da doença, com risco de óbito do paciente.
“Em algumas situações ela fica tanto tempo presa e se tiver, por exemplo, conteúdo intestinal dentro da hérnia, ocorre uma necrose. É uma hérnia estrangulada e, nesse caso, o paciente tem um maior risco de complicações”, disse o cirurgião.
O lanterneiro Gerson de Lima, de 41 anos, percebeu que estava com duas hérnias há seis anos, mas não procurou atendimento médico. Com o passar do tempo, as dores foram aumentando, impedindo-o de trabalhar.
O profissional de saúde reforça que o tratamento das hérnias é cirúrgico, usualmente eletivo (programado), por meio de consultas em ambulatórios de atenção secundária em cirurgia geral.
Gérson procurou atendimento na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), e relatou o bom atendimento recebido na unidade de saúde. “Os procedimentos estão sendo feitos aqui, não demoraram. Chegamos aqui acho que há menos de três meses. E agora a cirurgia, se Deus quiser! Vou ficar bom de novo para voltar às batalhas”, acrescentou.
“Comecei a sentir muita dor, comecei a procurar os médicos, encaminhamento e, após fazer exames, constatei que tinha hérnia umbilical. E também uma hérnia inguinal, que era a maior e que mais doía”, relatou.
No Amazonas, há três locais que operam hérnias eletivamente pelo SUS: Fundação Adriano Jorge, Hospital Universitário Getúlio Vargas e Hospital Delphina Aziz.
Gerson de Lima, paciente. FOTO: Antônio Lima/SecomAtendimento
FOTO: Antônio Lima/SecomOs pacientes que identificarem alguma anormalidade do tipo na região umbilical, virilha ou outro local devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar atendimento para unidades de saúde que realizam a cirurgia. O agendamento é realizado por meio do Sistema de Regulação (Sisreg).