FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa“Il Tabarro”, obra de Giacomo Puccini que versa sobre um triângulo amoroso com adultério, assassinato em um cenário de pobreza e cobiça, abre a 24ª edição do Festival Amazonas de Ópera (FAO), na sexta-feira (29/04), no palco do Teatro Amazonas. A obra também vai ser apresentada nos dias 1º e 3 de maio. A programação do FAO conta com atrações gratuitas e, para as obras pagas, os ingressos já estão à venda em www.bilheteriadigital.com e na bilheteria do Teatro Amazonas.
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Por Agência Amazonas
Evento estreia na sexta-feira (29/04), às 20h, no Teatro Amazonas
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, destaca que o FAO forma mão de obra especializada e fortalece o gênero lírico no País.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O projeto, aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura, tem patrocínio master do Bradesco e patrocínio da Innova.
O maestro Luiz Fernando Malheiro, que assina a direção artística do festival, explica que “Il Tabarro” significa “O Capote”, uma espécie de capa usada por Michele, personagem principal da ópera, dono da embarcação, que é cenário da obra. Este acaba sendo o clímax da ópera, porque algo surpreendente acontece dentro do capote.
“Só para a produção de ‘Il Tabarro’, cerca de 180 profissionais estão envolvidos. É uma preocupação do governador Wilson Lima, após dois anos de pandemia, reaquecer a produção cultural gerando emprego. É um orgulho voltar com o festival que se consolida como maior do gênero na América Latina”, afirma Marcos Apolo.
A ópera
FOTO: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa Michele, interpretado pelo barítono Rodolfo Giugliani, é casado com Giorgetta, vivida pela soprano Eliane Coelho. O casal enfrenta uma paixão adúltera de Giorgetta, que se apaixona pelo estivador Luigi, vivido pelo tenor Hélenes Lopes.
“Il Tabarro’ é uma ópera muito interessante, muito bonita. É uma ópera bastante difícil. Ao mesmo tempo, a música de Puccini é tão envolvente que a orquestra, os cantores se envolvem tanto que acaba ficando fácil, embora não seja”, detalha o maestro.
A história se passa às margens do rio Sena, em Paris, e surpreende pelas alterações rítmicas, com harmonias diferentes e politonalidade.
“Os três papéis principais do Tabarro, principalmente a Giorgetta, a soprano, e o Michele, o barítono, são muito difíceis, são papéis que necessitam bastante empenho, que exigem cantores do mais alto nível”, explica Malheiro.
Os cenários e figurinos de “Il Tabarro” chegam a Manaus nesta terça-feira (19/4), vindos de Belém (PA). A produção é fruto do acordo de cooperação técnica entre o Teatro Amazonas e o Theatro da Paz, na capital paraense. A parceria implementa o corredor lírico da cultura e do turismo dos dois estados.
Para Marcelo de Jesus, que assume a direção musical e a regência de Il Tabarro, a obra de Puccini utiliza os instrumentos como pincéis. “As vozes se mesclam neste quadro ora com frases curtas, quase recitativas, ora com melodias expressivas, tão características do compositor”, detalha o maestro.
“Estamos muito contentes de poder ver esse cenário aqui e ter essa troca com Belém, esperamos que os nossos cenários também possam ir para Belém, seria um reforço dessa irmandade desse corredor do Norte que está se montando”, declara Giorgia.
O cenário recebe a assinatura de Carlos Dalarmelino Jr e será montado pela cenógrafa do FAO, Giorgia Massetani, junto aos cenotécnicos e diretores de palco. A cenógrafa explica que o barco é o ponto central da obra.
São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.
Bradesco e cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.