Ação realizada pelo Núcleo de Educação Ambiental do Instituto é parte do Plano de Ordenamento Turístico da Amazonastur
A oficina é parte do Plano de Ordenamento Turístico nas comunidades indígenas das RDS’s, promovido pela Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur). Acompanharam a ação a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
FOTOS: Kézia Ferreira/IpaamO Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) reuniu nesta semana representantes de comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista e da RDS do Tupé para uma oficina de sensibilização ambiental quanto às atividades turísticas nas unidades de conservação. A atividade teve a participação das comunidades indígenas Tatuyo e Cipiá, da RDS Puranga Conquista, e Tuyuka e Diakuru, da RDS do Tupé.
Para a técnica do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Ipaam, Vandete da Rocha, foi uma satisfação constatar que as comunidades estão abertas a trabalhar com um turismo ambientalmente sustentável e legal.
Na ocasião, técnicos do Ipaam esclareceram dúvidas sobre a separação de lixos secos e úmidos, os benefícios da compostagem, a reciclagem de materiais plásticos, como a confecção de bolsas de garrafas PET, e a importância sobre a não exploração de animais silvestres como atrativo turístico.
O chefe da comunidade Tatuyo, Hernando Prado, informou que a comunidade tem grande interesse nesses assuntos, principalmente sobre o que fazer com o lixo.
“Foi muito bom vermos que eles não estão cometendo nenhum crime ambiental, mas têm reivindicações legítimas de divulgação do tipo de turismo que eles realizam aqui”, reconheceu a técnica.
Outras demandas e necessidades dos comunitários indígenas foram ouvidas e registradas pelos órgãos participantes na ação. Todos demonstraram interesse nos cursos ofertados também pelo Cetam.
“Temos grandes problemas com o lixo, não tanto com o que produzimos, mas com o que recolhemos na praia, que vem dos barcos que passam. Vidros, latas, garrafas plásticas, tudo chega e não tem quem recolha e leve para outro lugar. Então queremos aprender a reciclar esses materiais e garantir mais uma fonte de renda para a nossa comunidade”, afirmou o indígena.
De acordo com a chefe do Departamento de Produtos e Projetos da Amazonastur, Raíssa Tavares, as famílias dessas comunidades das unidades de conservação de uso sustentável subsistem basicamente do turismo, daí por que o trabalho de esclarecimento e capacitação do Ipaam sobre a pauta ambiental é de extrema relevância.
Turismo e subsistência
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“O Ipaam trouxe informações úteis para a rotina diária da comunidade, capacitando as famílias locais quanto ao correto manuseio e descarte dos resíduos sólidos e ainda trazendo alternativas de fonte de renda com a reciclagem dos itens. Além disso, trouxe pautas importantes quanto à posição do Estado, que emprega a Lei de Crimes Ambientais, combatendo a exploração de animais silvestres, uma prática que é considerada um crime na atividade turística”, destacou Raíssa.