Caio Claudino de Souza, de 25 anos, está preso pelo homicídio de Silvanilde Ferreira ocorrido no dia 21 de maio deste ano
A juíza Careen Fernandes, da Central de Inquéritos da Comarca de Manaus, converteu para preventiva a prisão temporária do agente de portaria Caio Claudino de Souza, de 25 anos. Ele foi preso no dia 31 de maio por suspeita de envolvimento no assassinato da servidora pública Silvanilde Ferreira, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, ocorrido no dia 21 daquele mês.
Na decisão, proferida no último dia 21 de junho, Careen Fernandes atendeu a um pedido da Polícia Civil do Amazonas ao impor a prisão sem prazo determinado a Caio Claudino. A magistrada alegou “garantia da ordem pública” para manter o agente de portaria na cadeia. O processo relacionado ao caso tramita em segredo de justiça.
Os investigadores do caso trabalham com a hipótese de que, no dia do assassinato, Caio estava sob efeito de drogas e tentou roubar o celular da vítima. Segundo a delegada Marília Campello, o jovem não trabalhava no local, mas naquele dia estava dando “apoio” na segurança porque “estava acontecendo duas festas” naquele condomínio.
Após ser preso, Caio Claudino alegou que, no dia 28 de maio, fim de semana seguinte ao assassinato da servidora, ele voltou ao local para cumprir outro plantão. Na ocasião, segundo ele, os colegas dele disseram que fizeram o percurso do 14º andar até a garagem, que fica no térreo, e encontraram marcas de gotas de sangue.
O jovem alega que o verdadeiro assassino de Silvanilde entrou e saiu pela garagem, onde não tem câmeras de segurança. “Ele (colega) falou que eles fizeram o percurso desde o 14º andar até a garagem, onde tinha gotas de sangue. Como se o cara tivesse saído correndo deixando pingar sangue até a garagem”, disse Caio Claudino.
A defesa do jovem pediu a reconstituição da cena do crime. “Na simples visualização da cena do crime, você consegue ver que era impossível ele sair só com aquele pingo de sangue no cotovelo dele [se tivesse praticado o crime]. Aquele pingo de sangue era de um tumor que ele espocou e saiu sangue. Ele foi preso por isso”, disse Sérgio Samarone.