A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), realiza nos dias 22 e 23 de junho, a 111ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito. O evento discute temas pertinentes à modernização dos setores e promove troca de experiências bem-sucedidas nessas áreas.
Gestores das áreas de trânsito e transporte de várias cidades brasileiras participam do encontro, organizado em todo o Brasil pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). O evento iniciou às 9h, desta quarta-feira, 22, no hotel Intercity Manaus, na rua Marciano Armond, 544, Adrianópolis, zona Centro-Sul.
A abertura da reunião contou com as presenças do diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins; do novo presidente do Fórum Nacional e superintendente de Transporte e Trânsito de Aracaju, Renato Telles; do prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque; do secretário Executivo do fórum, Alexandre Resende; além de outros convidados.
Os palestrantes deram início à discussão com o tema “Cidade de Manaus em Destaque”, coordenado por Renato Teles. A apresentação da cidade foi feita pelo diretor-presidente do IMMU, Paulo Henrique Martins, que destacou os principais desafios da cidade na área de mobilidade urbana.
“Entre os desafios da área de transporte estão a melhoria operacional do sistema. Tínhamos duas empresas operando muito mal. Uma conseguimos tirar do sistema e a outra reduziu-se pela metade a frota. Outro desafio é a modernização da frota envelhecida que o desequilíbrio financeiro não deu condições às empresas de substituir os carros, e depois veio a pandemia com a falta de passageiros”, apontou.
Paulo Henrique citou a melhoria da infraestrutura do transporte, como a modernização de terminais de integração e a recuperação de paradas.
“Outro desafio é a manutenção da tarifa, sendo esse o maior dos desafio das cidades, porque tem aumentado o custo e temos que manter a tarifa acessível à população. Operadores sabem que se aumentar demais o valor da passagem, afugenta o passageiro, ainda mais quando há concorrentes muito fortes como o transporte por aplicativo e outras opções”, destacou.
O superintendente da ANTP, Luiz Carlos Nespoli, falou sobre recursos para fazer frente às necessidades do sistema de transportes.
“Está muito claro para todos que os recursos advindos dos passageiros não são suficientes para a manutenção e para arcar com os custos do sistema de transporte. Para aumentar a qualidade, é necessário trazer recursos e estes estão disponíveis, via Congresso Nacional, que já foram aprovados pelo Senado e estamos aguardando a aprovação pela Câmara dos Deputados. A médio e longo prazos deve-se fazer uma revisão profunda no modelo de gestão, contratação e operação no sistema de transporte em todo o Brasil. Isso também já está no Congresso como regulamentação do Marco Nacional dos Transportes, que vai tratar do custeio, financiamento de infraestrutura e também sobre transparência, ou seja, todas as pessoas devem saber como o sistema é organizado”, afirmou.
Para Renato Telles, presidente do Fórum da ANTP, o encontro é importante para a troca de experiências entre gestores de mobilidade urbana do país.
“Acabamos de passar pelo Maio Amarelo, que tratou sobre prevenção a sinistros no trânsito, mas, com certeza, a pauta mais importante é o transporte público. O sistema já vinha cambaleando e sofreu forte impacto com a pandemia, redução do número de passageiros e também pelo aumento sucessivo do diesel, que impacta sensivelmente a tarifa. Temos uma pauta importante do trânsito, mas, o mais importante no momento é em relação ao transporte público”, frisou
Telles elogiou os serviços da cidade de Manaus. “Fiquei bem impressionado com a cidade que está bem sinalizada. Chegar em uma cidade e ver que temos muitas experiências que podemos levar a outros locais, além de avanços, é muito bom”, destacou.
O diretor administrativo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos, afirmou que a discussão sobre custeio e investimento no transporte público é essencial para a manutenção do sistema nas cidades brasileiras.
“No caso do custeio, foi essencial a separação da tarifa pública e da tarifa de remuneração. Fico muito feliz ao escutar o case de Manaus, que implantou esse processo de separação de tarifas e os resultados já estão sendo colhidos com essa política de separação. Entendemos que este é um processo que não tem volta e já avançou bastante neste período pandêmico”, destacou.
Texto – Alisson Castro / IMMU
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Fotos – João Viana / Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjzVm7f
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