FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaUm menino de imaginação fértil, com capacidade de inventar histórias, mania de usar uma panela na cabeça e que “só queria ser feliz”. A mensagem do livro “O Menino Maluquinho” (1980), do escritor brasileiro Ziraldo, ganhou adaptação contemporânea para o palco, encenada por artistas amazonenses, no domingo (15/05), no Teatro Amazonas. O espetáculo estreou na programação do 24º Amazonas Festival de Ópera (FAO), promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC).
Há 48 minutos
Por Agência Amazonas
Clássico infantil de Ziraldo, encenado por artistas amazonenses, faz parte da programação do 24º Festival Amazonas de Ópera
“A ópera ‘O Menino Maluquinho’ é uma montagem para o público infantojuvenil e com uma produção totalmente amazonense, tanto dos artistas quanto da equipe técnica e produção”, afirma Cândido Jeremias, secretário executivo de Cultura e Economia Criativa do Estado. “Além do espetáculo, que se repete nos dias 21 e 28 maio, quem visitar o Teatro Amazonas e quiser ficar mais próximo dos elementos físicos que estão na ópera, pode comparecer à visitação turística do teatro para conferir a mostra do festival. Ainda dá tempo de prestigiar”.
A montagem em ópera, assinada pelo compositor Ernani Aguiar, despertou a curiosidade do público que lotou os três pavimentos do Teatro Amazonas. Artistas do Coral de Artes e Ofícios Claudio Santoro – Infantil e Infantojuvenil –, Coral do Amazonas, Balé Folclórico do Estado e Orquestra Amazonas Filarmônica, sob a regência do maestro Otávio Simões, emocionaram o público e surpreenderam a cada cena.
“Estudei muito, assisti ao filme, li o livro, conversei com os músicos, o maestro, o diretor, enfim, foi um trabalho que valeu muito a pena. Tudo foi perfeito. Consegui manter uma troca com o público. Eu vivi o Menino Maluquinho”, destaca o artista.
Elenco
Davi Lucas é quem vive o “Menino Maluquinho”. FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaO artista Davi Lucas é quem vive o “Menino Maluquinho”. No palco, ele troca quatro vezes de figurino, canta e representa. O jovem ator de apenas 12 anos, pela primeira vez, interpreta o protagonista de uma montagem lírica.
Para Thaylon Sousa, que faz o Bocão, participar da ópera “é um sonho de criança realizado”. Os três jovens talentos são alunos do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro.
Emoção também para Lunna Beatriz, que interpreta Julieta. “Essa ópera traz o sentimento de criança de volta. É muito emocionante”, afirma.
“A obra é muito importante para o Brasil, pois fala de liberdade para criança, um assunto muito recorrente nos dias de hoje. Foram meses de ensaio de sala. Pegamos tudo que vivemos no processo e oferecemos ao público. Está sendo muito gratificante receber essa troca”, comenta o diretor.
De acordo com o diretor cênico da ópera, Matheus Sabbá, comandar um elenco de 39 crianças e jovens no palco é um desafio compensador.
“Tínhamos uma montagem há dois anos, mas, com a pausa da pandemia, retornamos e refizemos todo o trabalho. Os bailarinos tiveram aulas de preparação corporal e construção de cena em parceria com o Matheus Sabbá”, lembra Monique Andrade, coreógrafa do Balé Folclórico do Amazonas.
A visão de mundo do Menino Maluquinho levada ao palco reúne cantigas infantis, brincadeiras, mensagens de igualdade de gênero, preservação da natureza e personagens lendários. Para dar vida a um grupo de macacos, parte do imaginário do protagonista, 12 integrantes do Balé Folclórico do Amazonas participam da maioria das cenas.
A cenografia, assinada por Giorgia Massetani, trouxe a reprodução de uma casa típica de uma cidade do interior de Minas Gerais, onde se passa o enredo da obra de Ziraldo. Novos elementos decorrem na história e vão proporcionando movimento e dinamismo à ópera.
Destaques
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaFOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia CriativaColorido, rico em detalhes. Características priorizadas pela figurinista da ópera, Melissa Maia. Um total de 200 figurinos foram criados pela amazonense, que utilizou 80% de tecidos recicláveis. Os figurinos foram confeccionados por 50 profissionais, entre os quais, costureiras, aderecistas e modelistas da Central de Técnica de Produção (CTP), gerenciada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado.
Festival
O 24º FAO iniciou no dia 29 de abril e segue até 31 de maio, na capital e interior. Cinco óperas, recitais, concertos, workshop e encontro de economia criativa estão na agenda do evento.
“O Menino Maluquinho” segue no 24º Festival Amazonas de Ópera, com apresentações nos dias 21 e 28 de maio, no Teatro Amazonas, às 19h. A classificação é livre, e os ingressos estão à venda na www.bilheteriadigital.com e na bilheteria do Teatro Amazonas.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O projeto, aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura, tem patrocínio master do Bradesco e patrocínio da Innova.
A programação inclui atrações no Teatro Amazonas, Teatro da Instalação, centros culturais Palácio da Justiça e Palácio Rio Negro e também no interior. As estreias das óperas são transmitidas pela TV Encontro das Águas e nas redes sociais da @culturadoam.
São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.
Bradesco e cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.