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Por Agência Amazonas
Cooperação científica irá apoiar pesquisas e a formação de recursos humanos
FOTO: Érico Xavier/ FapeamPara impulsionar o desenvolvimento de projetos colaborativos entre os estados do Amazonas e do Rio de Janeiro, foi assinado, nesta segunda-feira (28/03), o memorando de entendimento em cooperação científica entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
A parceria entre os dois estados foi firmada pelos gestores das duas instituições, durante o II Simpósio de Integração e Pesquisa, realizado na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Para a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva, a parceria com a Faperj permitirá o fomento de ações voltadas para a pesquisa, como para a formação de mestres e doutores, em áreas específicas de interesse e prioridade dos estados do Amazonas e Rio de Janeiro. A parceria também vai propiciar condições para a realização de eventos conjuntos. “Ganham os dois estados, ganham os pesquisadores para a interação do diálogo e condições que advêm da parceria”, destacou.
Márcia Perales disse, ainda, que a parceria da UEA é fundamental nesse contexto para fomentar ações para mestres e doutores não somente da universidade, mas de todo Amazonas, em colaboração com mestres e doutores do Rio de Janeiro.
“A parceria vai gerar novos programas e fomentar também os programas que já existem. Por meio de alguns programas de excelência aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que já existem no Rio de Janeiro, iremos ter condições de oferecer turmas especiais em mestrado e doutorado. Teremos aqui turmas especiais com apoio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu do Rio de Janeiro que tem o mesmo patamar de excelência”, enfatizou.
O presidente da Faperj, Jerson Lima da Silva, participou da cerimônia de forma on-line. Na ocasião, ressaltou a importância de ampliar as interações entre as Fundações de Amparo e as infraestruturas de pesquisa que cada estado possui, além de permitir o intercâmbio de ideias.
“Temos como objeto essa outra oportunidade da riqueza que é a Amazônia, particularmente no estado do Amazonas, e a possibilidade para desenvolver uma série de estudos, muitos já têm sido feitos, mas agora com investimentos vindos das diferentes fundações. Estamos vendo com otimismo a perspectiva de lançamento de uma série de ações e editais”, comentou o presidente da Faperj.
Investimentos – O Simpósio promovido pela UEA, por meio do Centro Multiusuário para Análise de Fenômenos Biomédicos (CMABio/UEA), trouxe como tema a “Infraestrutura Científica no Estado do Amazonas para apoio em estudos sobre a biodiversidade amazônica e sua utilização na obtenção de novos biofármacos” e reuniu pesquisadores e gestores de instituições de ensino e pesquisa do país.
Na oportunidade, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, apresentou dados sobre o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico no estado do Amazonas, realizado pelo Governo do Amazonas, via Fundação. De 2019 a 2022, foram investidos mais de R$ 331 milhões, distribuídos em 68 programas, entre os quais 13 são inéditos no Amazonas.
Os programas apoiam o desenvolvimento de pesquisas, tecnologia, inovação, além da formação de recursos humanos da educação básica ao ensino superior.
Somente em 2021, a Fapeam apoiou 3,4 mil projetos e 5,2 mil bolsas em 54 municípios do Amazonas. Dentro das iniciativas inéditas lançadas estão o Programa de Apoio à Interiorização em Pesquisa e Inovação (Painter), exclusivo para fomentar pesquisas no interior do estado em áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico e socioambiental do Amazonas, e o Programa Fapesp-Fapeam, destinado a projetos colaborativos entre pesquisadores do Amazonas e de São Paulo.
“Tivemos a oportunidade de mostrar de que maneira a gente vem trabalhando sob a orientação do Governo do Estado, mostrando como a Fapeam, a partir de 2019, passou a ocupar um espaço estratégico e prioritário no Plano Plurianual 2020/23 e, também, o fortalecimento do entendimento de que as parcerias são importantes”, enfatizou.