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Por Agência Amazonas
”Meu parto foi abençoado, tranquilo, humanizado e isso me fortaleceu para aguentar os próximos dias de luta”, contou a mãe
FOTOS: Gilmar Miranda/SES-AMO parto humanizado realizado pela equipe multiprofissional da Maternidade Balbina Mestrinho, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), recebeu elogios da publicitária Camila Gadelha, de 31 anos, mãe da recém-nascida Naiá. A bebê nasceu prematura, em parto normal, no dia 30 de dezembro de 2021, dois meses antes da data prevista. Após receber alta, a recém-nascida está sendo acompanhada pelo Método Canguru, programa do Ministério da Saúde para bebês de baixo peso e prematuros.
Camila contou que a experiência na maternidade foi muito positiva e ressaltou a assistência dos profissionais. “Tinha uma médica residente com a gente, as enfermeiras tiveram o cuidado de me dizer a hora de respirar, a hora de dizer vai, para um pouco e isso me ajudou muito. A dor é insuportável mesmo, mas quando a gente tem uma equipe e esse suporte tudo se torna tudo mais fácil. Meu parto foi abençoado, tranquilo, humanizado e isso me fortaleceu para aguentar os próximos dias de luta”, relatou.
Após o nascimento, Naiá ficou quase 30 dias internada na maternidade, recebendo cuidados específicos nas Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e Canguru (UCINCa), até receber alta médica.
Assistência – Camila disse estar surpresa com o acompanhamento multiprofissional oferecido pela maternidade. “Ficamos surpresos porque aqui ela vai ter um acompanhamento durante um ano porque o bebê prematuro tem esse acompanhamento especial com a fonoaudióloga, pediatra e fisioterapeuta. Já estamos tendo essa consulta semanal e depois que ela ganhar o peso ideal ela vai começar a ter as consultas mensais”, disse a mãe.
Cuidados – Naiá está na terceira etapa do Método Canguru, que consiste em manter o recém-nascido em contato direto com os pais. O acompanhamento do recém-nascido é essencial, principalmente em casos de prematuridade devido a maiores riscos relacionados ao seu desenvolvimento, conforme explicou a pediatra Alessandra Della Coleta.
“A fisioterapia é essencial para orientação e para diagnóstico de qualquer alteração que vá comprometer o desenvolvimento neuropsicomotor desse bebê, porque todos os prematuros por si só são bebês de risco para um atraso no desenvolvimento. O atendimento é particularizado, acompanhamos toda semana, tentamos avaliar o lado social da mãe, se há suporte emocional e familiar para poder cuidar do bebê. Tentamos orientar e acolher essa mãe da melhor maneira”, destacou a pediatra.
Os bebês prematuros recebem nas maternidades cuidados específicos como o Banco de Leite Humano, que oferece o leite pasteurizado; acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com especialistas em neonatologia, fisioterapia, fonoaudiologia, além de profissionais da área de enfermagem com experiência em cuidados neonatal.
Na Balbina Mestrinho, após a alta, os bebês e suas famílias são acompanhados até os dois anos de vida. A maternidade é referência no Estado em atendimento hospitalar de gestantes de alto risco e realizou 2.289 partos em 2021. Neste ano, em janeiro, 325 bebês nasceram na unidade.