FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AMAo longo de sexta-feira (07/01) e sábado (08/01), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio das equipes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), deflagrou a Operação Double Tap, que resultou nas prisões de sete integrantes de uma organização criminosa e na apreensão de mais de 3 toneladas de substâncias entorpecentes, além de carros, embarcações e dinheiro em espécie, causando prejuízo estimado em R$ 36 milhões ao narcotráfico.
Há 10 minutos
Por Agência Amazonas
Prejuízo aos criminosos está estimado em R$ 36 milhões
Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (10/01), no DRCO, o secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), general Carlos Alberto Mansur, destacou mais um trabalho exitoso realizado pela Polícia Civil com o apoio da SSP e do programa Amazonas Mais Seguro, que foi lançado pelo governador Wilson Lima no ano passado.
A operação foi deflagrada com o apoio do Programa Amazonas Mais Seguro, do Governo do Estado; da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM), Departamento de Polícia do Interior (DPI) e Delegacia Fluvial (Deflu), e aconteceu em Manaus e no município de Santa Isabel do Rio Negro (distante 630 quilômetros da capital).
A delegada-geral da PC-AM, Emília Ferraz, enfatizou que a Polícia Civil já iniciou o ano mostrando força no combate às organizações criminosas, que deu um prejuízo de R$ 36 milhões com a Operação Double Tap. A ação de ciclo completo resultou na eliminação de toda a cadeia criminosa, inclusive com a prisão do chefe do grupo, conhecido como “DS”.
“Um dos objetivos desse programa é realizar grandes apreensões de entorpecentes, para blindarmos a entrada e circulação de drogas no nosso estado. Começamos 2022 já com uma grande operação”, disse Mansur.
Conforme o delegado Rafael Allemand, diretor do DRCO, as investigações em torno do caso ocorreram durante um mês e meio. No dia 31 de dezembro de 2021, os policiais já haviam apreendido meia tonelada de substância entorpecente em Manaus, em ação que já constituía uma fase da Double Tap, porém os trabalhos continuaram.
“Essas ações só são possíveis com a parceria que nós temos. O Governo do Estado forneceu diversos equipamentos para melhorar a nossa segurança pública e a proteção dos nossos policiais, e eles foram utilizados ao longo desta operação, bem como nas demais. Ressalto que, ao longo desses dois anos de gestão, já tiramos de circulação mais de 16 toneladas de drogas, e esse quantitativo é muito grande, pois resulta no enfraquecimento dessas organizações”, salientou Emília.
O diretor do DRCO relatou que a outra parte do material ilícito foi localizada em um sítio situado nas margens do rio Negro, próximo à Marina do Davi, bairro Ponta Negra, zona oeste da capital. Também foram apreendidos carros, embarcações e R$ 35 mil em espécie.
“Na madrugada de sexta-feira, nós nos deslocamos até Santa Isabel do Rio Negro, onde conseguimos localizar em um sítio uma parte da droga, e prendemos o dono do material, as pessoas responsáveis pelo transporte e logística da droga e quem iria armazená-la aqui em Manaus. Identificamos a rota, a embarcação e esperamos o momento certo para que nós pudéssemos deflagrar a ação”, detalhou Allemand.
Apoio tático da Core – O coordenador da Core, delegado Juan Valério, ressaltou que a Double Tap foi uma operação bastante complexa, pois foi trabalhada em três frentes investigações e em momentos distintos. “Passamos noites nos rios e nas matas fazendo campanas, e empregamos o melhor planejamento tático operacional para o êxito desta ação”, disse Juan.
A autoridade policial relatou que não houve participação de policial civil no fato criminoso, mas sim de um motorista terceirizado, e todos os procedimentos foram tomados. “As diligências em torno do caso devem continuar para averiguar para onde a droga seria remetida, bem como descobrir se há outras pessoas envolvidas na ação criminosa”, afirmou o diretor do DRCO.