O fluxo de encaminhamento das usuárias do Serviço Municipal de Diagnóstico de Mama (SDM), desenvolvido de forma inédita pela Prefeitura de Manaus desde fevereiro deste ano, foi acompanhado pelo diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), Gerson Mourão, nesta terça-feira, 10/5. A estratégia da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) amplia o número de biópsias ofertadas na capital e oportuniza o tratamento ainda na fase inicial do câncer de mama.
O diretor-presidente da FCecon visitou as policlínicas Djalma Batista, no bairro Compensa, na zona Oeste, e Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro, na zona Centro-Sul), que têm capacidade de realizar cerca de cem biópsias mensais de casos suspeitos da doença. Ele também alinhou estratégias do serviço com o secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, e a subsecretária de Gestão da Saúde, Aldeniza Araújo.
Por meio do SDM, até hoje, cerca de 20 mulheres foram diagnosticadas com o câncer de mama na fase inicial, e já foram encaminhadas por meio do Sistema de Regulação (Sisreg) para início do tratamento na FCecon, gerenciada pelo governo do Estado.
“São pessoas que nós conseguimos identificar no início da doença. Antes demorava cerca de oito meses para elas chegarem na FCecon, e dentro desse processo, elas chegam no máximo em 30 dias. Gostaria de parabenizar todos os profissionais da Semsa envolvidos no serviço e dizer que hoje as mulheres do Estado estão amparadas de verdade”, pontuou Mourão.
A enfermeira Gerda Costa, chefe do Núcleo de Saúde da Mulher da Semsa, explica que a investigação de casos suspeitos de câncer de mama é voltada para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Na unidade de saúde, ao realizar a busca espontânea, a usuária é acolhida em consultas médicas ou de enfermagem, onde é realizado o exame clínico das mamas e solicitada a mamografia de rastreio.
“Quando chega o resultado dessa mamografia, e há suspeita de câncer de mama, essa mulher é encaminhada, via Sisreg, para um dos dois SDMs da Semsa, onde ela fará uma biópsia da mama. A secretaria encaminha essa amostra para o laboratório do Hospital Delphina Aziz, e em caso de confirmação do câncer, ela é direcionada para iniciar o tratamento na FCecon”, explicou.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê o diagnóstico de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil entre 2020 e 2022, com estimativa de 580 novos casos em Manaus neste período.
Ainda conforme o Inca, o risco estimado para a região Norte é de 21,36 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama aparece como o terceiro tipo de câncer em incidência, atrás apenas do câncer do colo do útero e do de pele não melanoma.
A doença é responsável pela morte de muitas mulheres em idade fértil no país, e o início do tratamento ainda na fase inicial contribui consideravelmente para as chances de cura.
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Fotos – Divulgação / Semsa
Texto – Victor Cruz / Semsa
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