A Prefeitura de Manaus vai adotar a diretriz no Ministério da Saúde que, por meio da nova versão da Caderneta da Criança, auxilia na identificação de sinais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças atendidas nas unidades básicas da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A nova versão da caderneta apresenta um questionário (M-CHAT-R) com 23 perguntas a serem respondidas pelos pais ou responsáveis durante as consultas de crianças com idade entre 16 e 30 meses. A partir das respostas, o profissional de saúde tem parâmetros para identificar se a criança apresenta sinais do espectro autista.
A nova versão da caderneta com o questionário está prevista para chegar em Manaus no mês de março, quando será implementada na rede de atendimento. Profissionais de todos os distritos de saúde da capital já foram treinados para o preenchimento do novo instrumento, com o apoio da Sociedade Amazonense de Pediatria e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, assinala que o novo instrumento é um marco importante para a saúde das crianças, porque uma vez que os sinais sejam identificados, a família já pode buscar orientações de um especialista para saber como criar as condições para o desenvolvimento dos pequenos.
“É importante assinalar que, embora permita a identificação de sinais do TEA, o questionário não tem o objetivo de ser um diagnóstico sobre esta condição, mas sim de auxiliar a família na busca por orientações especializadas”, esclarece.
Segundo a chefe do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente, Ivone Amazonas, o questionário é de rápida aplicação e pode ser utilizado por profissional da saúde (médicos e/ou enfermeiros) no momento da consulta da criança na rede municipal.
“As perguntas são bem simples do tipo sim ou não, e estão relacionadas ao comportamento da criança. O objetivo desse formulário é ajudar no diagnóstico precoce do autismo e contribuir para o desenvolvimento da criança”, explicou.
Ivone Amazonas acrescenta que a Semsa Manaus já vem desenvolvendo ações para identificação do risco do TEA em crianças, de forma precoce. As equipes já adotam fluxogramas de avaliação do desenvolvimento infantil em crianças menores de 3 anos, para triagem de Transtornos do Espectro do Autismo.
Nesta terceira edição, a Caderneta da Criança também traz uma série de orientações aos pais e os cuidadores a respeito do albinismo, um distúrbio genético, que demanda cuidados específicos. O atual exemplar também reforça as dinâmicas essenciais, que fortalecem a integração de pais e filhos, como o estímulo à leitura.
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Foto – Altemar Alcântara / Arquivo Semcom
Texto – Tânia Brandão / Semsa
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