Prefeitura de Manaus avança em projeto de robótica e realiza palestra sobre inteligência artificial a alunos da rede municipal
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com a startup Nobre Academia de Robótica, desenvolveu a primeira turma do “Formação de Startups”, da Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), e neste sábado, 3/12, se iniciou o terceiro módulo do curso de robótica oferecido a estudantes de duas escolas municipais.
O fundador da Nobre Academia, Éder Nobre, comentou a respeito da importância dessa parceria com a Prefeitura de Manaus, e a relevância educacional na mudança de vida desses alunos que fazem parte do programa.
As primeiras unidades a receberem o curso são as escolas municipais Antônia Medeiros, no bairro Tarumã, zona Oeste; e São Sebastião II, na comunidade São Sebastião do Tarumãzinho, na zona ribeirinha. A aula começou com uma palestra sobre inteligência artificial e análise de dados.
A abertura do terceiro módulo, que aconteceu no Casarão da Inovação Cassina, no Centro Histórico de Manaus, em frente à praça Dom Pedro II, contou com a palestra do fundador da startup Getter Inteligência Artificial, Rufo Paganini, que instruiu os 20 alunos das duas escolas a respeito de tecnologia, e sua importância para o futuro no mercado de trabalho.
“A startup nasceu aqui no Cassina, em fevereiro, no ‘Formação de Startups’, então eu vi como algo muito legal a gente finalizar com esta primeira turma aqui no Cassina, e vai ser muito interessante. Serão três sábados consecutivos, tipo um hackathon, em que as crianças serão divididas em equipes e elas vão montar os projetos: uma lixeira automatizada, um carro robô automatizado, um sensor de PH da água e um braço robótico, e será uma imersão nesses três sábados. Daremos todo o apoio e a gente agradece muito essa parceria com a prefeitura, para que isso fosse possível”, enfatizou Éder Nobre.
Esse é um projeto-piloto, que está sendo realizado com a primeira turma, e tem proporcionado estudo nas áreas da robótica, programação, informática, robótica industrial, entre outras áreas da tecnologia e de desenvolvimento do raciocínio lógico, para estudantes de escolas municipais localizadas em áreas afastadas da região central, sendo 15 da zona Oeste e outras cinco de descendência indígena, da etnia baré.
“Estou muito feliz e honrado pelo convite, e não tenho dúvida que o digital é um meio de transformar histórias. Eu mergulhei nesse mundo e vim impulsionar esses garotos, mostrar a trajetória que os aguarda, e este é o meu grande propósito aqui hoje. Tenho visto a prefeitura se engajar com iniciativas de impacto e transformação, de uma forma cada vez mais ampla. É uma organização brilhante, e a tecnologia ela está permeando todas as áreas da sociedade, e ela ser fundamentada na base, lógica, estrutura, é incrível e transformador”, explicou Rufo.
“Esse projeto é muito importante porque vai alcançar e promover a tecnologia junto aos povos tradicionais, e graças a ele, pôde chegar a nossa comunidade e impactar os povos tradicionais, em especial a aldeia Baré, porque alavanca muito o conhecimento dessas crianças e cria uma perspectiva diferenciada”, comentou o representante da aldeia.
Para o secretário da escola São Sebastião II, no Tarumã Mirim, na área ribeirinha, e representante da aldeia Baré, Jair Melgueiro, essa inclusão é um diferencial na educação.
Para os alunos Quesia Karina Sales e Flávio da Silva, todo esse processo de aprendizado tem um grande diferencial na vida deles.
O objetivo é que ao final do curso, os jovens de 11 a 16 anos estejam estagiando ou no primeiro emprego na área da tecnologia, informática ou robótica, expectativa reforçada neste módulo prático, em que os mesmos alunos irão desenvolver sensores, braços robóticos, carros a controle remoto e outros equipamentos, além dos programas que já aprenderam a utilizar, e a linguagem de programação, durante os dois módulos anteriores.
“Esse processo foi bem legal, bem explicativo, e pelo o que eu entendi, vamos colocar todo nosso conhecimento na prática agora, trabalhando com os robôs, e esses projetos aí, já que eu quero ser designer gráfico, já estou pensando no futuro. A tecnologia tem a ver com isso, e já sei programação”, finalizou Flávio.
“No início a gente já gostou, porque era algo que não tinha ideia e a gente já começou com atividades. Aprendemos muito, os professores sempre comunicativos, e agora começando a parte prática, a mais legal. Esse é um teste para a gente, que somos a primeira turma, e já estamos pensando em ajudar as próximas turmas”, explicou Quesia.
Texto – Maryane Maia / Semcom
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Fotos – João Viana / Semcom
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