A Prefeitura de Manaus, por meio das secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e de Saúde (Semsa), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e a Organização Internacional para Migrações (OIM), inaugurou, nesta quarta-feira, 19/10, a primeira sala de saúde do abrigo para indígenas venezuelanos warao, localizado no bairro Tarumã, zona Oeste.
O equipamento, administrado pela Semasc desde a sua inauguração, em 2020, recebe agora um espaço dedicado principalmente ao atendimento médico e social voltado para a saúde sexual e reprodutiva dos usuários, com distribuição de preservativos, testagem para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), acompanhamento pré-natal, orientações para mulheres lactantes, puérperas e planejamento familiar.
“Temos trabalhado com a perspectiva de que devemos garantir que essas famílias, ao saírem do abrigo, saibam dos direitos que elas possuem. Desejamos que além da parte documental e de assistência social que esse público tem acesso por meio de nossos centros de referência, ele também tenha acesso a saúde”, destacou Lilian Gomes, Diretora de Área de Proteção Social da Semasc.
“O objetivo dessa sala de apoio é justamente proporcionar dentro do abrigo um espaço de atendimento e acolhimento adequado a essa população, em especial às mulheres e crianças aqui resididas, além de servir como um local onde as equipes da Secretaria Municipal de Saúde e suas equipes possam desenvolver ações em um espaço dedicado”, completou ainda a chefe de Escritório do Unfpa em Manaus, Débora Rodrigues.
Além do equipamento para o atendimento técnico das famílias, o espaço ainda conta com profissionais da saúde fluentes no idioma warao, com o objetivo de mitigar qualquer barreira cultural e linguística durante a realização dos atendimentos e orientações.
“A inauguração da sala de saúde é de extrema importância para que possamos atender todos os nossos usuários da melhor forma possível. Apesar do apoio das Unidades Básicas de Saúde e de hospitais, ainda há uma certa dificuldade no cumprimento dessa demanda devido a uma barreira comunicativa. Trabalhamos então para que possamos ter a melhor comunicação com nossos usuários que a fluência desses profissionais traz”, ressaltou a coordenadora do abrigo, Aline Araújo.
A chefe da Divisão de Atenção às Populações Vulneráveis da Semsa, Ana Mádria, destacou que o espaço será muito importante para a promoção da saúde junto aos ocupantes do abrigo.
“Estamos muito felizes por poder contribuir na oferta de serviços de saúde para os indígenas warao, que ocupam o abrigo. São grupos que têm demandas bem específicas e a contribuição da Semsa com ações de educação à saúde e atendimento médico, vai permitir que eles tenham acesso direto a uma série de serviços que já são ofertados na atenção primária”, frisou.
Mãe solo de duas crianças pequenas e usuária do abrigo há três meses, Rosenia del Vaie, 31 anos, afirmou que o espaço tem muitas coisas boas para se oferecer a todos, sendo uma ótima porta de entrada a serviços tão essenciais.
“Penso nos meus filhos, nas minhas irmãs e em todos que agora serão atendidos, é realmente muito bom”, concluiu.
Texto – Guilherme Araújo Pacheco / Semasc— — —
Fotos – Marcely Gomes / Semasc
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAbQp2
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