Um público rotativo de mais de 8 mil pessoas movimentou a Feira do Paço, no Centro Histórico de Manaus, no sábado e domingo, 9 e 10/7, que, nesta edição, contou com uma programação especial preparada pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), e o Instituto Amazônia. Com apresentação de danças folclóricas, artistas locais, feira gastronômica e de artesanato, a ação trouxe um incremento de R$ 60 mil para o setor da economia criativa.
O diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, enfatizou que ações como essas atendem a determinação do prefeito David Almeida, que é movimentar toda a cadeia criativa e cultural de Manaus. Ele ressaltou que a prefeitura pretende levar a proposta para as demais zonas da cidade.
“O prefeito pediu para que nós pudéssemos potencializar ações culturais, turísticas e de fomento à economia criativa, com toda a segurança que esse momento pós pandemia exige. E, tenham certeza, em 15 dias retornaremos com novidades. Nossa gestão está trabalhando não apenas pela cidade, mas, principalmente, para as pessoas”, salientou Oliveira.
A coordenadora do setor social do Instituto Amazônia, Mônica Bologna, conta que a iniciativa é um instrumento do projeto “Caminhos do Frei”, onde os comunitários do bairro São Vicente, localizado no centro histórico, recebem capacitação e condições para expor seus produtos e arte. A partir dessa interação com empreendedores ativos, os moradores que se sentem aptos, despontam para abertura do seu próprio negócio.
“A Feira do Paço, antigamente, acontecia todo segundo domingo do mês. Com a pandemia, não foi possível e agora estamos retornando. A gente acolhe, aqui, hoje, na Feira do Paço, que está reduzida, 45 estandes no setor criativo e no da gastronomia, 25, contando com barracas de comidas de rua, food truck, food karts e os pequenos empreendedores como ‘din-din’. Com isso, a gente gera, em um dia de feira, uma média de R$ 30 mil, contando com os dois setores”, explicou Mônica Bologna.
Com uma intensa programação cultural, a Feira do Paço reuniu público de todas as idades, que aprovaram o evento. A empresária Gabriela Pauchner, 45 anos, comentou que achou bem interessante a feira e que ações como esta devem acontecer mais vezes.
“Precisamos de mais ações dessas, com espaço, acesso gratuito para toda a população. Onde as pessoas possam conhecer, interagir mais com a arte na nossa cidade”, comentou Pauchner.
A tradicional feira de rua do centro histórico, a Feira do Paço, está na sua 5ª temporada e a administradora Débora Villar, 52 anos, conta que visitou a Feira do Paço antes da pandemia de Covid-19 e que estava ansiosa pelo retorno.
“Eu vim a primeira vez antes da pandemia. Foi muito legal! E eu estava doida para que voltasse! É muito lindo o trabalho de todos os artesãos que estão aqui. Vale a pena participar”, enfatizou a administradora.
A essência da proposta da Feira do Paço, além de incentivar os moradores locais a expor seus produtos criativos, é, também, o de requalificação do centro histórico, ocupando com diversidade cultural e artes integradas.
O pequeno atleta, Vinicius Viana, de 6 anos, contou que a experiência com o tecido acrobático foi muito boa e que embora canse um pouco, a aula experimental foi muito boa. “Foi o dia mais feliz da minha vida”, ressaltou.
Joice Viana, mãe de Vinícius, que é professora, comenta que esteve na feira antes da pandemia e que agora, que retorna com a família, tem uma sensação muito boa e que recomenda esses tipos de atividades.
“Recomendo com certeza! Todos os lugares abertos e com muita coisa para fazer, olhar, parece que a gente está revivendo uma coisa que foi tirada da gente por um tempo”, avaliou a professora Joice, 40 anos.
Durante os dois dias de evento, a feira teve entre suas atrações de dança e teatro, a Quadrilha Tradicional Brotinhos de Petrópolis, Ciranda Emoção do Armando Mendes, Trupe de Palhaços e Centro Cultural Barravento, com atividades circenses. Na parte musical, shows do cantor Nicolas Jr., do trio Agenor, Agostinho e Léo, do grupo Casa de Caba e o músico Rafael, da banda Alaídenegão. O Museu da Cidade de Manaus estendeu suas atividades e funcionou até as 22h.
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Fotos – Antônio Pereira / Semcom e Oliveira Jr. / Manauscult
Texto – Emanuelle Baires / Manauscult
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