FOTO – Paula Holanda- Arquivo pessoalProjeto realizado por alunos e professores do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), no Centro de Manaus, zona sul da cidade, identificou quais são os gêneros de formigas encontradas com mais frequência nas residências da capital. A pesquisa recebeu apoio do Governo do Estado, por meio do Programa Ciência na Escola (PCE) edital Nº 004/2021, disponibilizado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Há 37 minutos
Por Agência Amazonas
O Programa Ciência na Escola é destinado a professores e alunos da educação básica
De acordo com a professora, os resultados do projeto indicam que as espécies de formigas mais comuns em casas e apartamentos de Manaus são dos gêneros atta, camponotus, crematogaster, odontomachus pheidole, solenopsis, tapinoma e wasmannia. Entre as espécies que representam estes gêneros estão saúvas, quenquém, formigas-de-cupim e formiga-lava-pés, esta última conhecida popularmente como jiquitaia.
Aproximadamente 80 formigas foram coletadas pelos estudantes em seus domicílios, localizados em todas as seis zonas da cidade, durante as atividades da pesquisa “Diversidade de formigas (Hymenoptera, Formicidae) na região urbana de Manaus, AM”, coordenada pela professora de ciências naturais, Paula Holanda.
O projeto contou com a participação de cerca de 50 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, que realizaram a coleta dos insetos de forma ativa e surpreendente, conforme destacou a professora, possibilitando verificar a distribuição espacial das espécies de formigas que ocorrem em domicílios da cidade de Manaus.
“Primeiramente, os alunos foram indagados sobre a existência de formigas em suas residências. A partir desse momento, foi solicitado que fizessem a coleta das formigas encontradas por eles em suas casas. Além disso, outros professores que também trabalhavam na escola ajudaram na coleta. Após isso, as amostras foram levadas para o laboratório da escola, identificadas e catalogadas”, explicou Paula Holanda.
Materiais
As formigas foram coletadas por meio de um trabalho manual, preciso e cuidadoso. Os alunos utilizaram lupas para procurar os pequenos insetos dentro das moradias. Além disso, os estudantes confeccionaram uma caixa entomológica com a exposição dos animais recolhidos.
Para Paula, a pesquisa, realizada entre julho e dezembro do ano passado, despertou o interesse dos alunos pela ciência e proporcionou aos mesmos a oportunidade de serem multiplicadores de conhecimento dentro do ambiente escolar e social onde estão inseridos.
“É um desafio vigente para cada professor trazer a ciência para sala de aula. Apesar das dificuldades, ainda é possível vislumbrar um futuro melhor. Dessa maneira, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas através do Programa Ciência na Escola desperta esse desejo de ‘fazer ciência’ pelo professor e contribui com nossos estudantes para o início de uma vida acadêmica”, finalizou.
Apoio
A professora destacou o papel da Fapeam no auxílio à produção científica no Amazonas e também ressaltou a importância da Fundação no apoio para formação de uma nova geração de pesquisadores.
Pelo quarto ano consecutivo, o Governo do Amazonas, por meio da Fapeam, recebe número recorde de propostas submetidas ao PCE. A Edição 2022 do Programa obteve 1.811 projetos inscritos por professores de escolas estaduais do Amazonas e municipais de Manaus, ultrapassando as marcas históricas alcançadas em 2019, 2020 e 2021 (767, 912 e 1.088 propostas, respectivamente). A divulgação do resultado final está prevista para ocorrer no mês de maio.
Sobre o PCE
O programa é uma ação criada pela Fapeam direcionada à participação de professores e estudantes de escolas públicas estaduais do Amazonas e municipais de Manaus em projetos de pesquisa científica e de inovação tecnológica.