As atividades ocorreram de forma híbrida, em parceria com o Programa de Pós- Graduação em Serviço Social da Ufam, e com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura Municipal de Parintins. Durante a solenidade de encerramento, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, falou sobre a relevância do Seminário por congregar diversas áreas do conhecimento. “O Seminário Internacional em Sociedade e Cultura na Amazônia (SisCultura) leva a sociedade o que a Ufam produz, de forma interdisciplinar, nesse campo do conhecimento. Os desafios existem e posso destacar o próximo, que será levar o Programa para São Gabriel da Cachoeira. Isso será um marco, em um momento em que se discute a criação do Ministério dos Povos Originários, para nós da Ufam, já que estamos na vanguarda destas discussões. Poderemos dialogar, levando a nossa experiência, por meio do trabalho feito durante 25 anos desse Programa e também do Instituto. O papel da Administração Superior é oferecer ânimo e condições para que as Unidades Acadêmicas realizem, adequadamente, o seu trabalho e possam fazer com a sociedade sinta de forma efetiva que a Universidade, por meio do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, cumpra a sua missão”, destacou.
Quatorze grupos de trabalho, nove minicursos, mesas-redondas, conferências, painéis livres, comunicação de pesquisa, apresentação de trabalho, atividades culturais e lançamentos de livros foram as atividades que ocorreram, entre os dias 22 e 25 de novembro, na quinta edição do Seminário Internacional em Sociedade e Cultura na Amazônia (SisCultura). O evento, realizado pelo Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (PPGSCA/Ufam), é bienal e discutiu os rumos da ciência no Brasil e na Amazônia: crise sanitária, ambiental e cultura universitária, tendo como propósito implementar o debate em torno da ciência e da pesquisa na Amazônia e no Brasil.
Segundo o coordenador do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia, professor Nelson Matos de Noronha, essa foi a oportunidade de nos reunirmos para desenvolver uma reflexão sobre as questões sanitárias e da diversidade nesse contexto sanitário e na busca da consolidação da pós-graduação, no campo da interdisciplinaridade, na Ufam. “Queria parabenizar e agradecer aos estudantes, que sob a orientação da professora Iraildes Caldas Torres, fizeram a quinta edição do SisCultura. Parabenizar também aos professores e técnicos que compuseram a comissão de organização e efetivamente se concretizou nesse período. Foi uma experiência bastante gratificante porque pudemos mostrar a nossa capacidade de resiliência e de realização com o rompimento de fronteiras para elevar a qualidade da pesquisa e contribuir para a melhoria da sociedade com a democratização da pesquisa e a resolução das questões complexas que se fazem presente na Amazônia. Tudo isso, sob o olhar da interdisciplinaridade”, disse.
A diretora do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Ufam e coordenadora do 5º SisCultura, professora Iraildes Caldas Torres, fez um balanço sobre o evento e lembrou das perdas dos colegas para a covid 19 e da vacina. “Tivemos a oportunidade, nestes quatro dias, de realizarmos grandes reflexões acerca da crise sanitária, ambiental e cultura universitária. A pandemia mostrou que a sociedade apartada do conhecimento científico é vítima e refém de si mesma. Não se vence problemas, não se salva vidas, não se forma profissionais e não se tem um país vencedor sem a Ciência e o conhecimento. Nesses quatro dias foi possível entrar em contato com temas que vibraram nas nossas mentes e que podem vibrar muito mais nas tomadas de decisões e nas políticas públicas. O PPGSCA nos seus 25 anos de existência tem buscado a formação de pesquisadores qualificados, competentes e comprometidos com a pesquisa na Amazônia”, enfatizou.
5º SisCultura
O professor lembrou ainda que o Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia fará 25 anos de atividade, formando centenas de mestres e doutores. “O PPGSCA fornece subsídios para aqueles que desejam conhecer a Amazônia nos seus processos socioculturais”, finalizou.
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O evento é bienal e busca consolidar fatores de impacto científico, intelectual e de inovação na cultura universitária, no reordenamento institucional pela via dos estudos pós-graduados e, principalmente, com a intenção de interferir nas tomadas de decisão por parte dos poderes públicos. Busca-se oferecer diagnósticos e resultados de pesquisas capazes de fundamentar estratégias para a fundamentação de políticas públicas.