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Por Agência Amazonas
Evento visa efetivar acordos para a proteção das espécies daquela região
FOTO: Divulgação/SeprorO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), participou entre o dia 24 de maio e esta sexta-feira (03/06), de uma série de ações multi-institucionais nos municípios de Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus) e Santa Isabel do Rio Negro (distante 630 quilômetros da capital), para a construção de sete acordos de pesca na região do Médio Rio Negro.
As ações foram coordenadas pela Sepror, por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e Aquicultura (Sepa), e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Fundação Estadual do Índio (FEI), Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas (PMAM)
As iniciativas tiveram ainda a participação de representantes da Colônia de Pescadores de Barcelos (Z–33), Cooperativa de Pescadores de Peixes Ornamentais (Ornapesca), Associação Barcelense de Operadores de Turismo (Abot), Associação Mariuá de Pesca Esportiva e Ecoturismo (Amapee), associações, lideranças comunitárias e de povos indígenas.
Foram realizadas seis assembleias intercomunitárias dos acordos de pesca nas comunidades Campina (26.05) no Rio Preto, Canafé (27.05) na parte de cima do Rio Negro, São Luiz (28.05) na parte central do Rio Negro, Ponta da Terra (29.05) no Rio Quiuini, Romão (30.05) no Rio Aracá e Cauburis (01.06) na parte de baixo do rio Negro.
Durante as assembleias intercomunitárias foram discutidas e ajustadas as regras e o zoneamento, sendo revalidadas em 75% dos acordos de pesca. Nessas áreas, foram estabelecidas zonas para as diferentes modalidades de pesca (subsistência, ornamental, comercial, esportiva e manejo) e zonas de preservação.
Segundo o engenheiro de pesca João Bosco Silva (Gerente de Pesca da Sepa/Sepror), um dos maiores ganhos ambientais dos acordos será a proteção das espécies de tucunarés. “Principal atrativo do turismo de pesca, elas ficaram fora da cota para o uso comercial, por iniciativa dos próprios membros das plenárias. E ainda a definição de áreas para a realização do manejo de alevinos de aruanã, com finalidade de ornamentação e aquariofilia”, finalizou João Silva.
Na próxima expedição será realizada a elaboração de um plano de ação para pautar a realização de diversos programas e projetos de implementação dos acordos de pesca do Médio Rio Negro.
O ordenamento pesqueiro do rio Negro foi iniciado em 2011, retomado em 2016 e não teve continuidade devido a falta de alinhamento entre os diversos usuários locais dos recursos pesqueiros e de apoio financeiro, mas com a parceria do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, coordenado pela Sema, foi reiniciado em 2021 e está em fase de conclusão.