FOTOS: Hamyle Nobre/DivulgaçãoNesta terça-feira (08/11), às 20h, o Teatro Gebes Medeiros, na avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro, abre as portas para a temporada do espetáculo “Cabaré Chinelo”. A produção é inspirada na pesquisa do historiador Narciso Freitas e em parceria com a companhia de teatro argentina García Sathicq, sobre meretrizes que viveram em Manaus na época da borracha, fica em cartaz todas as terças e quartas de novembro.
Por Agência Amazonas
Produção fica em cartaz todas as terças e quartas-feiras de novembro
O diretor da apresentação, Taciano Soares, destaca que o espetáculo de teatro musicado, montado pela Ateliê 23, apresenta a história da Belle Époque manauara não contada nos livros.
O projeto tem apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que administra o Teatro Gebes Medeiros, além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas (Iberescena).
Os ingressos antecipados estão à venda por R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), pelo Sympla (sympla.com.br). Nos dias de apresentação, os bilhetes vão ser vendidos a R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia), na entrada do teatro. A classificação indicativa é de 18 anos.
“O trabalho tem a expectativa de levar ao público a denúncia sobre a realidade dessas mulheres, essas vozes, sobre vidas que não estão nos livros de História, mas que precisam ser trazidas à tona, para que possamos desmistificar esse ideal romantizado que temos pela Belle Époque”, afirma o artista. “A peça mostra mulheres traficadas para o alto meretrício, dentro do Hotel Cassina, que é chamado de Cabaré Chinelo a partir da decadência da borracha”.
“Os trabalhos estéticos dos nossos grupos dialogam, e eu fiz o convite. Em seguida, submetemos o projeto ao Iberescena, um edital voltado para países que falam português e espanhol, e fomos aprovados”, complementa Taciano.
Parceria internacional
FOTOS: Hamyle Nobre/DivulgaçãoFOTOS: Hamyle Nobre/DivulgaçãoO “Cabaré Chinelo” tem parceria com a companhia argentina García Sathicq. “Os navios que vinham da Europa paravam em Buenos Aires, de onde as mulheres eram distribuídas para os países da América do Sul e, por isso, iniciamos o processo de direção e dramaturgia pela Argentina, com a diretora e dramaturga Jazmín García Sathicq”, explica o diretor.
“Foram 15 dias de encontros diários para estudar a pesquisa do historiador Narciso Freitas e definir detalhes sobre a encenação, como, por exemplo, os nomes das 12 mulheres representadas em cena”, comenta Carol Santa Ana. “Também fizemos visitas no porto onde os navios chegavam com essas mulheres traficadas e no cemitério judeu onde algumas delas foram enterradas”.
Em julho deste ano, os artistas Eric Lima e Carol Santa Ana, que integram o elenco e dividem a assistência de direção da obra, estiveram na cidade de La Plata, para uma imersão com a companhia argentina.