A programação foi executada no auditório do Distrito de Saúde (Disa) Oeste, no conjunto Santos Dumont, bairro da Paz, e abordou a situação epidemiológica da tuberculose em Manaus, a transmissão da doença, rede de diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente, e formas de prevenção.Para reforçar as ações do Programa de Controle da Tuberculose, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu, nesta sexta-feira, 10/3, uma capacitação para 100 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam na zona Oeste da cidade.
“Os ACSs têm papel fundamental na identificação dos sintomáticos respiratórios, que são as pessoas que apresentam tosse por duas semanas ou mais. Durante as visitas domiciliares, realizam a busca ativa de pacientes faltosos, evitando o abandono do tratamento. Também contribuem orientando as famílias sobre a necessidade de realização de exames para que seja possível identificar outros possíveis casos ou pessoas que foram infectadas, mas ainda não adoeceram”, afirmou Kelly Aguiar.
Segundo a técnica do Programa de Controle de Tuberculose do Disa Oeste, Kelly Aguiar, a capacitação é uma estratégia para reforçar a importância do papel e da contribuição dos ACSs, que integram as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), nas ações de controle de tuberculose em Manaus, desde a identificação dos casos suspeitos da doença até o acompanhamento dos pacientes em tratamento.
O principal sintoma é a tosse (seca ou com catarro) e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, afetando prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), mas pode acometer outros órgãos ou sistemas. A transmissão da tuberculose ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.
“Nos seis meses de tratamento, o ACS deve acompanhar e identificar se o paciente está tomando a medicação de forma correta, realizar o tratamento supervisionado da tomada de medicação, ou se apresenta efeitos adversos ao tratamento. A capacitação realizada pelo Disa Oeste é mais uma estratégia para fortalecer o controle da tuberculose desenvolvido em Manaus, sendo parte de um processo de Educação Permanente da Semsa”, informou Daniel Sacramento.
O chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, enfermeiro Daniel Sacramento, também destacou a importância do papel do ACS na cadeia do diagnóstico dos sintomáticos respiratórios e no acompanhamento dos pacientes durante o tratamento.
“Todas as unidades de saúde estão intensificando as ações de Educação em Saúde e de captação de paciente sintomático respiratório, com oferta do exame de escarro e integração com as atividades do Programa Saúde na Escola (PSE) e de campanhas como do Março Lilás”, explicou Daniel.
A realização da capacitação também integra as ações da campanha alusiva ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado no dia 24 de março, que a Semsa iniciou no último dia 6, nas Unidades de Saúde da rede municipal.
“Trabalhando por 24 anos como Agente de Saúde, já acompanhei alguns casos de tuberculose. A gente realiza visitas domiciliares, identifica pessoas com sintomas e orienta sobre o exame para o diagnóstico da doença. E a capacitação vai reforçar o nosso conhecimento, o que vai ajudar com o trabalho realizado em campo e nas orientações para as famílias”, afirmou Francisca Carneiro.
Para a ACS Francisca Carneiro, que atua na Unidade de Saúde da Família – Oeste 18, no bairro Compensa 3, a capacitação é uma forma de melhorar e atualizar o conhecimento dos Agentes de Saúde sobre tuberculose.
No ano passado, Manaus notificou 2.667 casos de tuberculose, representando aumento em comparação com 2021, quando houve o registro de 2.313 casos. Em 2023, já foram registrados 332 casos de tuberculose em Manaus.
Casos
Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
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Foto – Divulgação / Semsa