A deputada estadual Joana Darc (UB) fez um apelo, na manhã desta quarta-feira (11/10), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para que sejam identificados os locais onde ocorrem incêndios, possivelmente, criminosos em todo território amazonense. A parlamentar detalhou que o ar em Manaus estava com uma das piores qualidade do mundo e, ainda, insalubre para respirar.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente (CPAMA) da Aleam, Joana destacou que, hoje, Manaus e Autazes (111 km da capital amazonense) amanheceram cobertas de fumaça. De acordo com a parlamentar, após informações dos painéis de monitoramento, a fumaça que sufoca o Amazonas é oriunda de atitudes criminosas.
“Estamos no meio da Floresta Amazônica, vivendo um período de seca, porém quem está provocando esses incêndios são pessoas, que aproveitam a oportunidade para colocar fogo para o desenvolvimento de alguma atividade ilegal. Recebi informações oficiais que a maioria dos incêndios florestais são provocados pela ação humana”, pontuou.
Segundo o painel de monitoramento de qualidade internacional World’s Air Polution, que reúne dados de sensores ao redor do mundo – incluindo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), utilizado no Amazonas, a qualidade do ar foi classificada como “hazardous”, ou seja, “perigosa”.
Atuação da Comissão de Meio Ambiente da Aleam
A Comissão do Meio Ambiente da Aleam está acompanhando e fiscalizando as ações feitas pelo Governo do Amazonas, no que se trata a respeito da estiagem que afeta o Estado, bem como as queimadas nos municípios do interior e na capital. A CPAMA oficiou os órgãos de controle ambiental, como o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Corpo de Bombeiros do Amazonas, solicitando mais informações das queimadas no Estado.
A parlamentar ainda pontuou que a fumaça em Manaus é reflexo de incêndios criminosos que aconteceram nos últimos dias em Autazes, podendo ocasionar um problema de saúde pública no Amazonas. Durante seu discurso, Joana Darc ainda solicitou a participação da população para identificar focos de incêndio na capital e no interior.
“Temos uma crise ambiental e, possivelmente, no futuro, teremos uma crise de saúde pública. Nossa Comissão está de portas abertas para receber denúncias, e reforçamos que queimadas afetam a nossa vida, a vida dos animais domésticos, selvagens e destrói o nosso bem maior, a floresta”, disse.
Denúncias de queimadas
O Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) orienta a população que desmatar ou atear fogo em área particular e/ou pública de proteção; retirar, transportar ou guardar madeira e outros produtos de origem vegetal sem autorização do órgão competente, configura em crime ambiental, sujeitando seus autores às penalidades previstas na Lei.
Para denúncias dessa natureza, a população pode denunciar por meio do disque-denúncia 181, do 190 ou diretamente nos canais de comunicação do BPAmb, através dos telefones 98842-1547/ 98842-1553 e no e-mail: [email protected].