A deputada estadual, Débora Menezes (PL/AM), apresentou nesta quinta-feira, 13, um requerimento solicitando ao governo do Estado, a criação de um programa estadual nos moldes do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), para que os 6.098 estudantes, das seis escolas públicas que são atendidas pelo projeto federal, não sejam prejudicados com o fim das atividades. Ainda nesta quinta-feira, o governador Wilson Lima anunciou em suas redes sociais a manutenção do projeto no Amazonas.
“Estou trabalhando para que os estudantes das seis unidades de ensino participantes do programa de escolas cívico-militares não sejam prejudicados. Dessas escolas cinco estão localizadas em Manaus e uma em Tabatinga. Sabemos dos prejuízos que o fim do programa pode ocasionar nas vidas destes jovens”, salienta a deputada.
Na última quarta-feira, 12, o Ministério da Educação (MEC), enviou o ofício nº 4/2023, a todas as secretarias estaduais de educação, informando que as mesmas devem iniciar a descontinuidade gradual do Pecim. O programa foi instituído em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro, e atualmente atende 120 mil estudantes, distribuídos em 202 escolas, por todo o país, conforme dados de 2022 do MEC.
No Amazonas, as escolas atendidas são as escolas estaduais Nelson Alves Ferreira, no bairro Betânia (Manaus); Fueth Paulo Mourão, no São Jorge (Manaus); Reinaldo Thompson, no Coroado (Manaus); Homero de Miranda Leão, Cidade Nova (Manaus); Tereza Tupinambá, Cidade Nova (Manaus); e Conceição Xavier, Centro (Tabatinga).
Além do Amazonas, os governos do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal sinalizaram que irão continuar com o modelo em suas escolas.
“Sou egressa de uma escola militar e sei o quanto a disciplina e uma boa educação são essenciais na vida de um estudante, por isso, irei trabalhar para que o futuro destes mais de 6 mil jovens não seja comprometido”, comenta a parlamentar.
Índices
Entre as propostas do Pecim estão o combate à evasão e o abandono escolar, e a repetência. O corpo docente da escola com o apoio dos militares das Forças Armadas, compartilham da gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa.
Os índices do Pecim também dão conta de que houve uma redução nos casos de violência física e patrimonial em 82%. Em relação ao abandono e evasão escolar, houve uma redução de 80%.