Por iniciativa do deputado Dr. Gomes (Podemos), a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (FHUAM) foi homenageada nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com uma Sessão Especial pela passagem de 68 anos de serviços prestados pela instituição, referência nacional nas áreas de Hanseníase, Dermatologia Tropical e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
A FHUAM foi criada em meados da década de 1950, em razão do elevado número de casos de hanseníase no estado, com a finalidade de prestar atendimento a estes pacientes, além de promover ações de prevenção.
Se no seu início atuava apenas no atendimento ambulatorial, ao longo de sua história a Fundação foi se capacitando e especializando em outros serviços e atualmente além do atendimento em dermatologia, doenças sexualmente transmissíveis, a Fundação Alfredo da Matta oferece também o serviço de cirurgia dermatológica, sendo atualmente referência no atendimento aos pacientes com câncer de pele.
“E tudo isso se deve ao trabalho de uma grande equipe profissional que sempre levou a sério a missão da instituição de prestar assistência à população”, declarou Dr. Gomes, destacando o empenho da instituição em executar as políticas públicas relativas à Hanseníase. O parlamentar entregou uma placa comemorativa à FHUAM, representada pelo seu diretor-presidente, Dr. Carlos Alberto Chirano. “A história não termina aqui. Ainda há muitos desafios pela frente”, falou o deputado ao parabenizar todos os profissionais que atuam na unidade hospitalar.
Em nome do Dr. Sinésio Talhari, diretor-presidente da FUHAM no período de 1982-1984 e 1987-1989, o secretário de Saúde, Anoar Samad, recebeu uma placa em homenagem ao ex-diretor. Foram entregues ainda 19 certificados a personalidades e servidores que se destacaram no exercício de suas atividades.
Em seguida, em seu pronunciamento, Dr. Chirano falou sobre o compromisso da instituição em promover atividades de prestação de serviços, desenvolvimento científico e tecnológico, ensino e pesquisa na sua área de atuação.
“Lá atrás, quando ninguém queria trabalhar com pacientes de hanseníase, a antiga ‘lepra’, os profissionais da FUHAM se dedicaram e arriscaram suas vidas em prol desta causa”, falou, relatando as viagens dos médicos e técnicos pioneiros, que ficavam meses em barcos regionais, visitando e tratando pacientes pelas comunidades ribeirinhas.
Segundo o diretor, os trabalhos desenvolvidos ao longo destas quase sete décadas, permitiram passar, por exemplo, de quase 2 mil casos de hanseníase por ano, em 1990, para cerca de 300 casos atualmente. Em números gerais, incluindo também os atendimentos dermatológicos e de IST, a Fundação realiza 250 mil atendimentos por ano.