Uma reunião técnica foi realizada na manhã desta segunda-feira (21) na sede da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para debater a exploração econômica do babaçu. O encontro foi convocado pelo deputado Sinésio Campos (PT), que defende o manejo sustentável do fruto desta palmeira como alternativa para geração de emprego e renda no interior.
O babaçu é uma palmeira típica da região Norte do Brasil, e é conhecida principalmente pelo fruto que produz. Desse fruto é possível extrair óleo do babaçu, que pode ser utilizado na culinária, em cosméticos, como lubrificante e até mesmo como biocombustível. Outro produto do babaçu é a farinha, com amplo uso culinário, e pode ser utilizado para fabricação de bolos e salgados com alto valor nutritivo.
A reunião contou com a participação do secretário de produção rural, Daniel Borges, que reconheceu a importância da atividade extrativista. “É uma alternativa econômica, realmente precisa de incentivo, seja do governo federal, seja do governo do estado, para que a gente consiga trabalhar com subvenção econômica do babaçu”, afirmou o titular da Sepror.
O evento contou com a presença de representantes da Ufam, Cetam, Sepror, Prefeitura de Boa Vista do Ramos, Embrapa, Afeam e Faea.
Está tramitando na assembleia legislativa um projeto de lei de autoria do deputado Sinésio Campos que institui a Política Estadual para o Manejo Sustentável e Plantio da Palmeira do Babaçu. “A partir desse projeto de lei, vamos conseguir implementar políticas públicas de apoio aos produtores do babaçu”, comentou o parlamentar.
Boa Vista do Ramos é um dos municípios com potencial para o manejo sustentável do babaçu. Em 2021 um projeto foi implantado no município, na comunidade Sagrada Família do Aninga. Um total de 20 famílias da comunidade trabalham na atividade extrativista, e formaram uma associação para viabilizar a atividade. Além de produzirem o óleo do babaçu, os comunitários também fornecem a farinha do babaçu para merenda escolar da rede pública de ensino.
Ao final da reunião, ficou definido que será criada uma comissão especial que terá 90 dias para debater o assunto e encontrar quais são as principais necessidades para se alavancar o setor no Amazonas. Também está prevista uma visita técnica ao estado do Maranhão, referência na produção do babaçu.