De acordo com o diretor de grandes eventos da Manauscult, Reginei Rodrigues, o Carnaval de Rua de Manaus é um desafio para a gestão, que preserva pela democratização e qualidade.O Domingo de Carnaval, 19/2, foi agitado e repleto de alegria na capital amazonense. Cerca de 20 bandas e blocos de rua levaram cor, brilho e marchinhas para todas as zonas de Manaus, com mais de 100 mil foliões participando da diversão. A concessão de apoio com serviços de sonorização, iluminação, palco, banheiros químicos e estruturas é da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
Cerca de 60 mil foliões estiveram presentes no ‘Bloco do Vieiralves’ que ocorreu na zona Centro-Sul de Manaus. A abertura do evento contou com a “Orquestra Manaus Frevo”, em seguida teve DJ John, 40 Graus de Amor, DJ Rafa Militão, Estrelas Elétrico, DJ Wilk, Meu Xodó, João Victor e Rodrigo e encerrando com John Veiga feat Jyou Guerra.
“Este ano, a gestão do prefeito David Almeida está contemplando mais de cem blocos e bandas. Só hoje são mais de 20 bandas, ao mesmo tempo. Então, é um desafio muito grande para a Manauscult manter o padrão de qualidade que a Prefeitura de Manaus tem nos grandes eventos da cidade. É uma grande responsabilidade”, finalizou.
As fantasias chamaram a atenção e se tornaram um grande atrativo durante as seis horas de folia. Sereia encantada, polícia, bombeiro e bailarina foram as mais usadas entre os brincantes.
“Eu moro no país tropical e na minha Manaus, que me oferece o melhor Carnaval do Brasil! Nem chuva nos afasta daqui, porque vivenciamos a alegria em sua repleta plenitude”, disse Manoela Lima, 41 anos.
Quem não se fantasiou teve a oportunidade de comprar adereços como máscaras, tiaras, óculos personalizados e até plumas. Para o ambulante Júnior Figueira, a expectativa de venda nas primeiras horas de evento foi superada.
“Eu escolhi essa fantasia de bombeiro, porque era o que eu já tinha antes da pandemia. Então, eu só fiz dar uma incrementada com laço no pescoço e novos adereços. Pronto para apagar qualquer incêndio”, brincou Vinicius Martins, 31 anos.
E nos demais pontos da cidade não faltou alegria, e mesmo debaixo de chuva, muitos foliões seguiram dançando no ritmo envolvente do Carnaval, até o final da programação.
“Pessoal foi chegando, foi vendo os óculos personalizados, os copos brilhantes em LED, e eu fui só vendendo. Fiquei feliz. É um dinheiro que entra e já ajuda bastante”, salientou.
Para Anderson Santos, coordenador e organizador da Banda JT, poder retornar com o evento, que está na sua 16ª edição, é motivo de gratidão. “A banda nasceu com a iniciativa dos próprios moradores, que sentiam a necessidade de ter um plano de Carnaval para a comunidade. E todo Domingo Gordo agora temos nosso bloco. Há 16 anos é assim. Muito obrigado, prefeito David Almeida. Muito obrigado a toda a equipe da Manauscult”, concluiu.
Entre os 20 blocos do dia, foram realizados o Carnaval de Educandos, na zona Sul; a Banda do JT, no Jorge Teixeira, zona Leste; Banda do Popety, na Cidade Nova, zona Norte; e o Carnaval de Rua Vida Alegre, na Vila da Prata, zona Oeste.
“É como dizem: ‘quem sai na chuva é para se molhar’. Há dois anos estávamos ansiosos pelo retorno do Carnaval. É natural as pessoas quererem extravasar. E aqui o ambiente é familiar e que preserva a tradição”, observou.
No Carnaval de Educandos, um grupo com cerca de 200 pessoas seguiu dançando embaixo de chuva por mais de duas horas. O organizador do evento, que este ano atingiu o marco de 40 edições, Erasmo Amazonas, comentou que existia uma ansiedade na comunidade pelo retorno.
Texto – Flávia Moura e Emanuelle Baires / Manauscult
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Fotos – Antônio Pereira / Semcom