Com o tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia”, o evento foi promovido pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), e reuniu, além de lideranças indígenas, representantes dos conselhos municipal e estadual de Saúde (CES e CMS), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Ministério Público Federal (MPF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), Escola de Enfermagem e outras instituições para discutir as demandas e as propostas de aprimoramento da política de saúde para os povos indígenas de Manaus e seu entorno.Com o objetivo de fortalecer a participação na formulação das políticas públicas de saúde, o Conselho Municipal de Saúde (Comus) participou da I Conferência Livre de Saúde dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno, que aconteceu nesta terça-feira, 28/2, na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul de Manaus.
“O evento de hoje é uma etapa preparatória para a Conferência Municipal de Saúde e é um espaço privilegiado para discutir propostas e diretrizes do interesse das populações indígenas. É um espaço para defender seus anseios e necessidades. É importante pontuar que estas demandas terão repercussão não só na conferência municipal, mas também nas etapas posteriores, como na Conferência Estadual de Saúde e na 17ª Conferência Nacional de Saúde”, pontuou.
O vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Carneiro, explicou que, como convidado do evento, o papel do CMS é justamente o de colaborar para que iniciativas como as de hoje possam ser estimuladas, a fim de que interesses e necessidades de grupos indígenas tenham espaço.
“Nós fizemos um amplo chamamento para que todos participassem aqui conosco das discussões e estamos vendo que nosso chamado foi atendido. Deste evento sairão propostas importantes para a conferência municipal, com eleição de nossos representantes no colegiado. Participar é uma forma de acompanhar de perto a formulação da política e entender que queremos um sistema de saúde mais forte”, acentuou.
O conselheiro municipal de saúde e também representante da Copime, Jason Kokama, destacou que a conferência foi um marco importante para os povos indígenas pelo seu ineditismo, representando um avanço para discussão de propostas específicas que serão defendidas na etapa municipal.
Essas discussões contarão com a participação paritária de trabalhadores, gestores e usuários das zonas Norte, Sul, Leste, Oeste, rural e ribeirinha. “Já temos 911 participantes inscritos. Estamos com a programação já definida para garantir a discussão das propostas e diretrizes que irão nortear os planejamentos da gestão nos próximos quatro anos. A participação de todos é fundamental para fortalecermos a saúde pública”, assegurou Jorge Carneiro.
Além das conferências livres, estão previstas cinco pré-conferências distritais a partir do dia 17/3, nas quais cada distrito de saúde discutirá as demandas relacionadas a cada zona geográfica de Manaus.
Texto – Divulgação / Semsa
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Fotos – Henrique Souza / Semsa