A solenidade de apuração das notas foi aberta pelo diretor de Cultura da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Wallace Almeida, seguida pela representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), Nathayni Becil, e finalizada pelo diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, que avaliou o festival como o maior dos últimos dez anos.Foram declarados campeões do 65° Festival Folclórico do Amazonas 18 grupos folclóricos nas nove modalidades da categoria Bronze e nove da Prata. A apuração iniciou às 9h desta segunda-feira, 26/6, e finalizou às 18h, no auditório do Centro Cultural dos Povos da Amazônia, na bola da Suframa, Crespo, na zona Sul, com a presença dos presidentes dos grupos. A festa popular e a apuração foram coordenadas pela Prefeitura de Manaus e governo do Estado.
O gestor explicou que em 2023, todos os recordes na execução do festival foram batidos.
“Hoje é um grande dia para todos os brincantes. Hoje pela manhã, nós tivemos os oito vitoriosos da categoria Bronze que subiram para a prata. Aqui existe um grande aparato de publicidade, lives acontecendo em tempo real para que todos possam acompanhar, porque não dá para todo mundo vir, mas lá fora tem uma turma grande acompanhando a apuração. Isso aqui é o resultado do trabalho, de toda projeção, de todo resgate cultural que foi a temática do 65° Festival Folclórico, atendendo a determinação do prefeito David Almeida de trazermos, novamente, para a cidade de Manaus, aquele clima do tabladão que tinha antigamente e, graças a Deus, a nossa sociedade, a comunidade, as famílias entenderam e adoraram a ideia”, apontou Cardoso.
Os envelopes foram abertos, conforme regulamento, contendo as notas dos cinco jurados responsáveis pela avaliação da apresentação dos 81 grupos folclóricos que integraram a programação no período de 11 a 25 de junho, no Centro Cultural Povos da Amazônia, além das 18 danças do grupo “Mostra Folclórica”, que se apresentaram nos dois primeiros dias de evento.
“Neste ano, no sexagésimo quinto, nós batemos todos os recordes: 120 mil pessoas, mais de R$ 4 milhões em movimentação financeira, a questão da economia criativa, a gastronomia, todo mundo saiu feliz. E o mais importante, a sociedade manauara entendeu que esse resgate cultural trabalhado pela Prefeitura de Manaus é exitoso, e que é exitoso, sim, investir em cultura”, afirmou.
O resultado foi comemorado pelos grupos folclóricos. De acordo com o coordenador da dança Cacetinho da Belo Horizonte, do bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul, Ynifle Pereira, seu grupo estava parado há oito anos e só conseguiu retornar, graças à oportunidade dada pela Manauscult em 2022, quando a Prefeitura de Manaus liberou acesso para a categoria Bronze.
As danças vencedoras da Bronze sobem para a categoria Prata no próximo festival, e os campeões da categoria Prata sobem para a Ouro, que é realizada pelo Governo do Estado do Amazonas. Para ser considerado campeão, a exigência era que o grupo tivesse pontuação mínima de 70% dos itens avaliados, segundo o regulamento.
A reestruturação da arena de apresentações das danças contribuiu para a evolução dos grupos, incluindo o aumento no valor do fomento repassado, de forma antecipada, às danças.
“Voltamos lá para baixo, na categoria de acesso. Então, para nós, foi um retorno muito bom, voltando lá do começo, nos tornamos campeões na categoria Bronze. Hoje, campeões da Prata. E, vamos fazer um trabalho, para no ano que vem sermos melhores ainda”, comemorou, Ynifle.
“Estamos muito felizes, nosso trabalho foi árduo. A gente vem há alguns meses trabalhando nessa proposta. Ano passado nós viemos com a temática egípcia, esse ano voltamos para o indiano. Os grupos folclóricos das categorias Bronze e Prata eram meio que esquecidos e abandonados, assim, na nossa visão, pela questão dos representantes públicos. E, a gente sentiu este ano, uma diferença, um carinho melhor, uma atenção maior, até mesmo na apuração, nós vimos uma organização melhor por parte da Manauscult, e até mesmo do envolvimento deles dentro do festival, que este ano foi belíssimo”, destacou.
Karina Nunes, presidente do grupo de dança internacional Daraj, do bairro São Jorge, zona Centro-Oeste, conta que a expectativa para o próximo ano é ainda melhor.
Categoria Bronze
Durante 15 dias, cerca de 4,5 mil brincantes se apresentaram para um público de mais de 120 mil pessoas. Veja o resultado final com o nome dos vencedores de cada categoria.
Quadrilha Tradicional: Afobados na Roça
Ciranda: Águias de Ouro
Quadrilha Cômica: Escolinha na Roça
Dança Nordestina: Pisada do Sertão
Cacetinho: Cacetinho Belo Horizonte
Quadrilha de Duelo: Renascer
Dança Regional: Grupo Simetria Norte
Dança Alternativa: Tsunami na Roça
Dança Alternativa: União Hit Dance
Categoria Prata
Tribo: Tikunas Belezas Naturais
Quadrilha Cômica: Folia e Fuleragem
Ciranda: Princesinha da Vila
Dança Nordestina: Cabras de Lampião
Dança Internacional: Daraj
Quadrilha de Duelo: Os Intocáveis na Roça
Cacetinho: Tarianos do Ifam
Quadrilha Tradicional: Explosão na Folia
– – — —
Dança Nacional: Xote Noda de Caju
Fotos – Clóvis Miranda e Phil Limma / Semcom
Texto – Emanuelle Baires / Manauscult
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjAKerB