FOTOS: Cátia Santos /CNS
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) participou, nesta terça feira (07/03), da abertura do 1° Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, realizado por meio de uma parceria entre instituições ligadas ao setor, tanto na extração quanto no aproveitamento do látex. O Objetivo do encontro é fazer uma reanálise e valorização da atividade florestal, que além de garantir melhores ganhos financeiros também contribui para a conservação da floresta.
Idam participa do evento e destaca trabalho conjunto para fomentar o extrativismo no interior do estado
“A extração dos produtos da floresta, de maneira planejada, tem diversos impactos, todos eles positivos, levando em consideração a necessidade de desenvolvimento social e preservação ambiental. Toda a sociedade precisa saber disso. Esse encontro está de parabens”, enfatiza Rocha.
A Organização do encontro é do Conselho Nacional das Populações Extrativistas(CNS), WWF, Michelan e Memorial Chico Mendes. Representando o órgão que oferta Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para o setor primário do estado, o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extração Vegetal (Datef-Idam), Luis Rocha, enfatiza que a atividade é subvalorizada, pela importância estratégica para a região amazônica.
O extrativista Carlos Ló iniciou o trabalho para a criação da Resex Capanã, de Manicoré, da qual é o vice-presidente. Segundo ele, a maior dificuldade para o cotidiano, nessa cadeia produtiva, é ter o capital de giro para a compra da matéria prima.
Parceria
Manicoré já foi o maior produtor de látex do Amazonas, com produção registrada de até 500 toneladas em anos anteriores. Potencial que pode gerar muita riqueza na região do Sul do Amazonas.
“O seringueiro vem do meio do mato com o látex e precisa voltar com dinheiro na mão para sustentar a família. Esse dinheiro em mãos é difícil, mas já estamos mais perto de tê-lo em uma parceria com o Governo do Estado, pois já fizemos muitos contatos e agora já temos a orientação do Idam”, revela.
“O Governo do Amazonas tem recursos garantidos para os seringueiros e nós, da ADS, junto com os técnicos do Idam, estamos nesse trabalho cotidiano para comercialização do que os seringueiros produzirem. Então é unir os esforços e garantir qualidade de trabalho e de vida para quem mora no interior do nosso Amazonas”, enfatiza Jardel.
O chefe do Departamento de Negócios Florestais (DNF) da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas(ADS), Jardel Luzeiro, afirma que a cadeia produtiva da borracha é garantia de desenvolvimento social e sustentável, justificando todos os esforços para a revitalização do setor.
História comum entre os garimpeiros presentes está o período em que o valor do látex não era o suficiente para a manutenção de suas famílias e muitos tiveram que abandonar a exploração das seringueiras.
Extrativismo vegetal x Garimpo
Disseminação
“Abandonei a seringa e fui pro garimpo. Maltratei a floresta. Graças a Deus que foi por pouco tempo e hoje estou nesse trabalho pelo extrativismo sustentável, ajudando muitas famílias e a nossa natureza”, relata Reginaldo Freitas, presidente da reserva extrativista Capanã Grande, no município Manicoré (350 quilômetros de Manaus).
O 1° Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, vai até quinta-feira (09/03), e é realizado no Centro Laura Vicuña, na zona sul de Manaus, com a participação de 72 entidades representativas do setor. Os trabalhos são conduzidos pela Associação Nacional das Populações Extrativistas(CNS), WWF, Michelan e Memorial Chico Mendes