A exposição ficará em cartaz até 19 de abril, Dia do Índio, e é composta por 41 quadros com imagens que revelam, destacam e valorizam a riqueza cultural e o dia a dia dos povos indígenas que moram nas áreas urbanas e rurais da cidade de Manaus.A Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), em parceria com a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), lançou, nesta terça-feira, 7/2, a exposição fotográfica “Protagonismo Indígena”, no Museu da Cidade (Muma), no centro histórico, em alusão ao Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas.
O presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles contou que a exposição fotográfica foi concebida com o objetivo de contribuir com o debate sobre a realidade das populações indígenas da nossa terra e do nosso país.
“O lançamento da exposição fotográfica no dia de hoje, em que celebramos o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, é uma forma de lembrarmos e refletirmos sobre as ações que estamos tomando enquanto sociedade, sobre a população originária brasileira, principalmente neste momento em que os povos Yanomami passam por uma crise humanitária”, ressaltou a vice-presidente da Manauscult, Oreni Braga.
A subsecretária da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Graça Prola, fala do início da gestão do prefeito David Almeida, em 2021, quando se introduziu na cultura, junto com a Manauscult e o Concultura, a criação do Memorial Aldeia da Memória Indígena, e da primeira exposição de Arte Indigena.
“Momentos como este são de reflexão e tem uma finalidade pedagógica, e sobretudo, visa contribuir na preservação da memória ancestral da nossa cidade e da nossa população indígena, ressaltando que são momentos assim que contribuem para gerar uma nova consciência e uma nova compreensão sobre a cultura, sobre a memória e a identidade dessas populações indígenas que foram fundamentais para o processo cultural, e para a constituição da sociedade”, encerrou Telles.
Prola encerrou chamando a atenção para a busca da valorização das populações indígenas, e como pessoas credoras de muitos direitos da terra, defesa dos costumes e garantia de liberdade religiosa. “E aqui eu acho que vale a pena, neste dia, nós nos indignarmos com a situação do povo Yanomami que sofre toda a ordem de violação”.
“Todas essas ações contribuíram muito para chamar a atenção aos povos originários, e na luta permanente, na realidade da prevenção da violência contra as mulheres. Nós estamos juntos na luta pela consolidação de direitos conquistados”.
“Tivemos algumas conquistas como o reconhecimento da Aldeia da Memória Indígena, e a aprovação do projeto dos centros de saberes tradicionais, com a revitalização de sete línguas maternas, mas continuamos a lutar para que possamos avançar e conquistar dias melhores aos povos indígenas de Manaus”.
Presente na abertura da exposição, o coordenador executivo-financeiro da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), Ludimar Nunes Kokama, lembrou que Manaus é uma metrópole que abriga 48 povos indígenas, e as lutas são diárias.
Texto – Cristóvão Nonato / Concultura e Keize Pedrosa / Manauscult
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Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjArm7a
Fotos – Antonio Pereira / Semcom