Como forma de aumentar o nível do festival e, principalmente, dar a oportunidade da primeira apresentação oficial na arena dos Povos da Amazônia, 18 grupos da categoria “mostra folclórica” participaram, sem concorrer, nesses dois primeiros dias de evento, e deram um show desde as coreografias muito bem marcadas a vestimentas típicas com forte identidade cultural.A segunda noite de apresentações do 65° Festival Folclórico do Amazonas (FFA), desta segunda-feira, 12/6, agitou o público presente na arena do Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA), no Distrito Industrial, zona Sul. O festival é promovido pela Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas, e segue até o dia 25 de junho, com entrada gratuita.
Conforme o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Osvaldo Cardoso, o festival, que faz parte do calendário de eventos do município, está movimentando a economia local com um fomento de aproximadamente R$ 1,2 milhão e promovendo o resgate dos antigos festivais folclóricos realizados na cidade na década de 50.
Passaram pelo “tabladão” no domingo e na segunda-feira, 11 e 12 de junho, os grupos Star Hits, Explosão de Manaus, Junina Cabocla, Junina Girassol, Ciranda do Aleixo, Baru Junina, Junina Promorar, Junina Tia Célia, Os Indomáveis do Oeste, Flor do Campo, Cabras do Capitão Meia Noite, Os Atrapalhados na Roça, O Cravo e a Rosa, Matutos Honoré, Ciranda Mocidade, Revolução Junina, Hydra na Roça, Gang Axé Ostentação. Os respectivos grupos não estão concorrendo no FFA.
O presidente da Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Corre Campo, Alvacir Siqueira da Silva, que coordena 63 grupos folclóricos no festival, conta que a expectativa é alta para este ano, e que os grupos que ele representa estão preparados para a disputa.
“Dentre os pleitos atendidos pelo prefeito David Almeida, o destaque vai para essas novas danças que, ontem e hoje, puderam, pela primeira vez, se apresentar na arena dos Povos da Amazônia. E, o que vimos aqui foram danças de nível altíssimo, começando pelo figurino. Essa oportunidade representa a realização de um sonho para essas dezenas de jovens que passaram por aqui. É esse o resgate que estamos promovendo: a preservação da cultura, do folclore”, pontua Cardoso.
O vigilante patrimonial José Ernaldo, 37, aproveitou o apelo da data comemorativa e levou a esposa Karina Almeida, 31, para prestigiar a segunda noite do evento, após ver divulgação nas redes sociais da Manauscult que no local há uma feira gastronômica e de artesanato.
“O mês de junho é a época mais esperada por nós, folcloristas. É quando apresentamos tudo aquilo que ensaiamos, e a nossa expectativa é a melhor possível. Nossos brincantes estão preparados, com suas roupas bem produzidas, e a população vai desfrutar de um belíssimo festival. Só no domingo, tivemos um público de 9 mil pessoas, já no primeiro dia, o que retrata o quanto a população estava com saudade desse formato tradicional do festival na bola da Suframa, com saudade dessa grande festa popular, das comidas típicas, das inovações todas trazidas em prol da população e de nós, folcloristas”, enfatiza.
Competição
“Eu fiquei sabendo a partir das mídias sociais da Manauscult, no Instagram. E aí, resolvi levar a família para passear. É um programa bem legal. Tinha bastante comida, tacacá, mingau, aquela maçã do amor. Meus filhos amaram. Acompanhamos as quadrilhas e foi superdivertido. Nota dez”, avalia.
Neste ano, o corpo de jurados é composto por seis integrantes: teatrólogos, antropólogos, musicistas e historiadores, todos técnicos e com vasta experiência.
Quadrilhas, cirandas, cacetinho, tribos, boi-bumbá, danças nacionais, internacionais e nordestinas serão apresentadas pelos grupos na disputa de suas respectivas categorias que começa com avaliação dos jurados nesta terça-feira, 13/6, a partir das 20h.
Os horários e a programação completa do festival podem ser consultados no site da Manauscult, pelo link http://manauscult.manaus.am.gov.br, na aba “editais”.
Além das apresentações dos grupos folclóricos, o festival também conta com uma feira de artesanato, coordenada pela Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), e um parque de diversões para crianças, um pleito esperado há 23 anos.
Este ano, 30 barracas compõem a feira gastronômica do festival, que foram doadas pela Prefeitura de Manaus às instituições sociais e entidades apoiadas pelo Fundo Manaus Solidária (FMS), e estão operando as vendas de comidas e bebidas no local.
Gastronomia
O cardápio do festival apresenta comidas regionais e típicas da época junina, como milho cozido, pamonha, bolo de macaxeira, acarajé, além de outros pratos, como carne de sol, pirarucu à casaca, tacacá, farofas diversas, cachorro-quente, sanduíches, pizza, entre outros.
As barracas estão localizadas próximas à arquibancada do anfiteatro e funcionarão durante todo o evento, iniciando a venda de produtos às 18h, com preços variando entre R$ 5 e R$ 35.
Texto – Emanuelle Baires/Manauscult
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Fotos – Aguilar Abecassis / Semcom