FOTOS: João Mateus e Arnoldo Santos/FuhamA Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde, recebeu, na quarta-feira (01/02), a visita de uma comitiva de representantes do Programa Global da Hanseníase da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde. O objetivo dos profissionais visitantes foi conhecer as estratégias de atuação da Fuham na prevenção, atendimento e tratamento da doença no Amazonas.
Por Agência Amazonas
Organização Mundial de Saúde quer levar trabalho feito em Manaus como exemplo para outros país
Líder da comitiva, o representante da OMS, médico indiano Venkata Ranganadha Rao Pemmaraju, ressaltou que ficou “impressionado” ao ver o que está sendo realizado pela Fundação Alfredo da Matta. “Estou muito feliz pela existência e pela performance do centro (Fuham). Nós podemos incentivar os países vizinhos ao Brasil a usar essas estratégias para manter a qualidade dos serviços”, afirmou Pemmaraju.
Em um dia inteiro de visita às dependências da Fuham, conversa com os profissionais de todas áreas e reuniões com equipes do interior, via teleconferência, os visitantes concluíram que o Amazonas tem vários exemplos para serem mostrados e implantados em outros países, principalmente na América do Sul.
Estratégias aprovadas
Entre as estratégias apontadas como inovadoras, segundo os visitantes, a realização de mutirões dermatológicos, como o realizado no último dia 28 de janeiro, o uso da teleconferência para atendimento a pacientes e treinamento dos profissionais do interior e o exame presencial de estudantes, menores de 15 anos, foram as que mais chamaram atenção.“Nós voltamos muito otimistas com o trabalho (da Fuham) que vem sendo feito e vai continuar como um centro colaborador da OSM e OPAS, e que possa apoiar não só esse estado, mas como outros países”, disse Miguel Aragon, representante da OPAS. O integrante da comitiva pelo Ministério da Saúde, Alexandre Macedo, confirmou a impressão que todos tiveram durante a visita.
“Ver a OMS e a OPAS virem nos visitar, compartilhar os seus planos de trabalho e solicitar apoio, que a gente participe das políticas de eliminação da hanseníase é uma grande honra”, afirmou o diretor-presidente da Fuham, médico dermatologista Carlos Chirano.
Resultado positivo
Na prática, a Fundação Alfredo da Matta já vai ver os resultados práticos dessa visita. Além da confirmação de ser uma instituição referência no trabalho contra a hanseníase no Mundo, condição que detém desde 1998, quando foi credenciada pela OMS, a atualização de informações, a transferência de tecnologia para a instituição amazonense é um ganho real. “Foi uma troca muito boa de e pra gente vai ser muito enriquecedor porque vamos trabalhar com ferramentas que eles vão enviar e implementando algumas ideias que foram sugeridas durante as reuniões”, afirmou Valderiza Pedrosa, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase do Amazonas.
“Olha pra essa experiência do estado do Amazonas como um grande exemplo é motivo de muito orgulho para nós , de uma parceria, de um trabalho conjunto onde a gente pode aprender e trocar experiências”, afirmou.