Previsão do plantio na região ocorrerá em dezembro deste ano
O Governo do Amazonas, em parceria com o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), incluindo representantes da indústria de injeção plástica do Polo Industrial de Manaus (PIM), realizou visita técnica em Novo Remanso, em Itacoatiara (distante a 176 quilômetros de Manaus), onde será implantado um projeto-piloto de produção de fibra de curauá.
O curauá é uma planta nativa da Amazônia, cujas fibras, extraídas das folhas, têm diversas aplicações em setores. A previsão do plantio na região é em dezembro deste ano.
O chefe do departamento de Diversificação Econômica (DDE) da Sedecti, Sandro Ribeiro, explicou que por meio do projeto será possível diversificar a matriz econômica do setor primário e implantar uma cultura nova, onde será feito na comunidade Novo Remanso, um primeiro teste de um hectare.
“O projeto dando certo, certamente outros produtores vão poder produzir. A fibra do curauá é de suma importância não só para o Amazonas, mas para o mundo inteiro, porque ela serve para várias coisas, para forro de carro, para fazer tecido, serve para fazer sacolas, por isso, a expectativa é muito grande”, explicou.
Potenciais clientes
O representante da Tutiplast, Emanuel Bortolini, fabricante de injeção plástica do PIM, afirmou que a expectativa é bem elevada para a implantação do projeto, que é visto pela empresa como algo promissor. A Tutiplast quer usar o composto orgânico para a injeção plástica, que já tem potenciais clientes.
“Estamos na fase de testes agora. Nós devemos começar o plantio em dezembro. E para a fase final de conclusão em 2024, estamos com bastante expectativa. Serão resultados promissores nesse novo segmento que a gente está se desenvolvendo, trazendo mais mão de obra e desenvolvimento para a região local”, ressaltou.
Diversificação
O agricultor de Novo Remanso, Claudiomar Mendonça, está animado com o projeto do curauá. Ele trabalha na produção do abacaxi, mas acredita que será importante diversificar os produtos.
“Eu acredito no projeto curauá, principalmente na região de novo Remanso, porque o abacaxi é muito bom, mas quando chega um pico de safra você fica sem muita opção. Então, assim, quando você diversifica a produção é importante para o desenvolvimento, para gerar emprego e renda dentro da comunidade”, declara.
Além do chefe do departamento de Diversificação Econômica da Sedecti, Sandro Ribeiro, estiveram na visita a secretária das Câmaras Setoriais, Ana Velloso, a gerente da Secti, Giovana Farias, e representantes do CBA, Sepror, Idam e Tutiplast.