Desde 2021, a ação integra as forças ambientais e de segurança pública do Amazonas, num esforço contínuo de ampliar a presença estadual nas áreas críticas para o desmatamento e as queimadas, com foco especial no Sul do Amazonas.
Ação interinstitucional terá bases operacionais em Humaitá e em Apuí. (Foto: Divulgação/SSP-AM)O Governo do Amazonas deu início, nesta quinta-feira (30/03), às primeiras atividades da Operação Tamoiotatá 3, a maior força-tarefa integrada já realizada pelo Estado, na repressão de crimes ambientais. As ações são desempenhadas simultaneamente nos municípios de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus) e Apuí (a 455 quilômetros de Manaus).
A Operação é desencadeada por meio de ações preventivas e repressivas de enfrentamento ao desmatamento e às queimadas criminosas no Amazonas, em particular na mesorregião Sul do estado.
A ação é composta por integrantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), por meio da qual participam o Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BPAmb), a Polícia Civil (PC-AM), o Corpo de Bombeiros (CBMAM) e a Defesa Civil do Amazonas, da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
As ações repressivas se referem às ações de fiscalização (in loco ou mediante notificações e multas realizadas remotamente), combate às queimadas e demais ações presenciais dos órgãos que atuarão no palco de operações, conforme planejamento e regras de engajamento específicas.
As ações preventivas consistem em campanhas educativas e ações de presença nos locais impactados. As campanhas educativas serão realizadas pela Sema, conforme atividades especificadas no planejamento. Já as ações de presença consistem na demonstração de força e efeito dissuasório decorrentes da atuação dos órgãos no terreno, sobretudo das forças de fiscalização, segurança pública e defesa, tanto por agentes uniformizados quanto por viaturas ostensivas caracterizadas.
Os dois municípios-base contarão com Centrais Integradas de Coordenação Operacional Municipal (Cicop), que vão atuar na geração de informações de Inteligência da Operação, em articulação direta com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Manaus. O objetivo é auxiliar de forma mais assertiva as atividades de campo coordenadas pelo Ipaam.
Bases no interior
As equipes vão contar com duas bases paralelas de atuação, uma no município de Apuí e outra em Humaitá, a fim de ampliar a presença do Estado na região.
1° fase
Na primeira fase, em 2021, a operação embargou um total de 10.919,90 hectares no sul do Amazonas. Ao todo, foram R $31.196.524,23 em multas, provenientes de 57 autos de infração. O número de autuações remotas realizadas pelo Ipaam chegou a 47.
2° fase
Durante as fiscalizações as multas geradas por ilícitos ambientais encontrados no sul do estado somaram mais de 76 milhões de reais, motivadas a partir de 88 autos de infração. Um montante de R $69 milhões foi somente em desmatamento. Apuí é o município com maior índice de área desmatada.
Foram mais de 14,3 mil metros cúbicos de madeira sem origem florestal comprovada, além de 33,8 mil quilos de carvão vegetal extraído ilegalmente.