Durante coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia Geral, o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitano (DPM), parabenizou os policiais civis da Depca, coordenados pela delegada Joyce Coelho, pelo trabalho árduo para proteger crianças e adolescentes da violência.
Delegada Joyce Coelho e delegado Alessandro Albino. Foto: Erlon Rodrigues/PC-AMA Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, na tarde desta segunda-feira (09/10), mandado de prisão temporária de um indivíduo de 23 anos, apontado como autor da morte e tortura de uma criança de 2 anos.
A delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, também agradeceu à instituição pelo apoio dado às equipes policiais da Depca, para que a rede de proteção às crianças e adolescentes seja executada com êxito. E aproveitou, ainda, a oportunidade para agradecer a Polícia Militar pela parceria e diligências realizadas em busca do autor.
“O trabalho do policial civil é difícil, cansativo e desgastante, e a instituição congratula o abraço das autoridades policiais no combate e reprimenda desses crimes, para que os autores sejam punidos e inibidos perante a uma sociedade que espera por respostas quanto a isso”, disse.
“Posteriormente, ela foi transferida para o Hospital e Pronto-Socorro da Criança Zona Leste, onde passou por uma neurocirurgia, pois foi constatado que haviam lesões cerebrais, antigas e recentes, e isquemia cerebral. Na manhã desta terça-feira (10/10), fui comunicada pelo serviço social do hospital que a criança não resistiu e foi a óbito”, falou.
Em continuidade, a titular explicou que o caso chegou ao conhecimento da Depca após a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) ser acionada em razão da criança ter dado entrada no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, com sinais de agressões físicas.
“Em depoimento, ela contou que no dia 4 de outubro, a criança fez suas necessidades fisiológicas no chão da residência do casal, fato que gerou revolta no indivíduo e, este, por sua vez, a agrediu fisicamente. Além disso, a mulher contou, ainda, que a criança teria feito a mesma coisa outras vezes e eles, também, reagiram de maneira violenta com ela”, contou.
Conforme a titular, ainda no dia 5 de outubro, a Polícia Militar conduziu a tia da vítima até a sede da Depca para prestar esclarecimentos, onde ela relatou que a criança estava sob a sua tutela e do autor há três meses, depois de ter sido abandonada pelos pais.
“Ela atribuiu a culpa do ocorrido ao seu companheiro, mas confessou que também teria agredido a criança em outras ocasiões. Como ele não foi encontrado durante diligências da PMAM, representei pela sua prisão temporária e divulgamos a imagem dele como procurado. Solicitei, também, a prisão temporária da tia, no entanto, somente a dele foi expedida”, disse.
Ainda segundo a delegada, em razão das agressões, a criança começou a ter febre, no dia seguinte não se alimentou, pois estava com ferimentos na região interna da boca, e convulsionou no início da noite do dia 5 de outubro, ocasião em que a mulher a levou ao HPS Platão Araújo.
Procedimentos
O indivíduo já responde por associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Agora, ele responderá por tortura com resultado morte e ficará à disposição do Poder Judiciário.
O mandado expedido em nome do criminoso foi cumprido no momento em que ele se apresentou na sede da Depca, na presença de advogados.