Para a 56ª edição do Festival, o Governo do Amazonas está envolvendo todos os órgãos do Estado para fortalecer as ações de combate. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) reforça a importância da atenção com as crianças e adolescentes durante o evento.
O festival atrai visitantes, por isso é necessária atenção redobrada com as crianças e os adolescentes. (FOTO: Erlon Rodrigues/PC-AM)
O Festival Folclórico de Parintins é um dos mais populares da região Norte e recebe, em todas as suas edições, diversos apreciadores do evento. Nesse período, os cuidados para evitar a exploração sexual de crianças e adolescentes precisam ser redobrados.
Conforme a titular, um dos crimes mais pautados quando se trata de festas grandiosas é o turismo sexual infanto-juvenil. Ele está inserido no crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), enfatiza que o festival de Parintins atrai vários turistas, do Brasil e do mundo, por isso é necessário ter atenção redobrada, para que as crianças e os adolescentes estejam resguardadas de possíveis ameaças às suas integridades.
Orientação
“Não há faixa etária específica para as vítimas, bem como não há características específicas para os autores. Eles são turistas, nacionais ou estrangeiros, que vão a algum lugar para esta finalidade. Geralmente não são pessoas com traços de pedofilia, no entanto, são indivíduos que se aproveitam desta oportunidade para explorar crianças e adolescentes”, falou.
Por isso, durante o 56º Festival Folclórico de Parintins, os pais e responsáveis precisam estar vigilantes aos passos das crianças e dos adolescentes e, principalmente, a quem se aproxima deles e com qual finalidade.
Ainda segundo a delegada, o turismo sexual infantil é um crime sem fronteiras, sem características específicas para os autores e para as vítimas. É uma prática criminosa que, se consumada, traz consequências danosas e de difícil reparação para o desenvolvimento físico e emocional das vítimas.
Registro de ocorrência
“É importante também que os pais e responsáveis conversem desde cedo com seus filhos, sobrinhos, primos, afilhados e afins, para que eles possam identificar o assédio de um abusador. Essa orientação é de extrema importância, bem como a sensibilização de toda a sociedade local, para que todos se sintam responsáveis em proteger as crianças e os adolescentes”, disse.
– Em qualquer Distrito Integrado de Polícia (DIP) e/ou na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), situada na avenida Via Láctea, conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, zona centro-sul;
A titular da Depca ressalta que a formalização das denúncias é necessária para que a exploração sexual infantil seja combatida. Por isso, é importante que todos conheçam os métodos de denúncia disponíveis:
– Disque 100, Disque Direitos Humanos, ou pelo disque-denúncia do Conselho Tutelar.
– 181 e 190, disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e da Polícia Militar do Amazonas, respectivamente;